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Congresso da CNQ irá conectar o ramo químico e fortalecer a luta dos trabalhadores

10º Congresso também debaterá a neoindustrialização, a transição energética justa e o enfrentamento à organização da extrema direita que ameaça democracias e os direitos sociais

Publicado: 26 Março, 2025 - 12h08 | Última modificação: 26 Março, 2025 - 12h11

Escrito por: CNQ-CUT

CNQ-CUT
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De 28 e 30 de março de 2025, centenas de lideranças e dirigentes sindicais de todas as regiões brasileiras estarão no município de Praia Grande, no litoral de São Paulo, participando do 10º Congresso da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ-CUT), para o debate de pautas centrais para a classe trabalhadora, articuladas com os desafios regionais, nacionais e globais acerca de temas como a neoindustrialização, a transição energética justa e o enfrentamento à organização da extrema direita que ameaça democracias e os direitos sociais.

Cerca de 180 delegadas e delegados eleitos por federações e sindicatos filiados à CNQ também vão eleger, na tarde de sábado (29), a diretoria da entidade para a gestão do quadriênio 2025-2029.

“Serão dias intensos e, com certeza, de grandes aprendizados com trocas importantes nas mesas da plenária do Congresso. Vamos contar com convidadas e convidados relevantes, que vão ajudar a instrumentalizar e embasar as lutas que estão por vir no próximo período, somando com o acúmulo que cada um dos delegados e das delegadas já traz a partir de suas atividades sindicais. Temos desafios grandes e complexos pela frente. Por isso, faz tanto sentido o lema escolhido pela comissão organizadora para a nossa atividade: Conectando o ramo, fortalecendo a luta”, avalia o presidente da gestão 2021-2025, Geralcino Teixeira.

História de resistência e conquistas

A Confederação foi fundada em 1992, a partir dos alicerces do sindicalismo combativo que originou a Central Única dos Trabalhadores e das Trabalhadoras (CUT), a qual segue filiada na condição de organização política orgânica.

Desde então, a CNQ tem sua história de resistência, lutas e conquistas - moldada pelo comprometimento de lideranças trabalhadoras -, que se materializou no pioneirismo para a formação política de dirigentes sindicais, na organização de greves históricas, pautas fundamentais na defesa da saúde e da segurança, que resultaram, por exemplo, na regulamentação do benzeno, no controle de emissões de mercúrio e na instituição do “direito de recusa”.

Representatividade

Integram a CNQ cinco federações (FETQUIM/SP, FUP, FITEM, FETRAQUIM/RJ e FETRACEL) e 72 sindicatos filiados, de 18 estados das cinco regiões brasileiras, que representam aproximadamente 350 mil trabalhadoras e trabalhadores.

São entidades com bases em empresas de oito setores da indústria: Química e Plástico; Farmacêutica; Petróleo; Petroquímico e Fertilizantes; Mineração; Papel, Papelão e Celulose; Vidro e Cerâmica; e Borracha.

Em 2015, o Ramo Químico da CUT obteve seu registro junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), sob a sigla CNRQ, abrangendo parte dos setores que o compõem organicamente e, atualmente, trabalha com o intuito de ampliar essa representação legal.

Conexões

A CNQ também integra o Macrossetor da Indústria da CUT - instância política de articulação junto aos ramos Metalúrgico, Vestuário/Têxtil, da Construção Civil e da Madeira, da Alimentação e da Energia -; e é filiada à IndustriAll Global Union, organização sindical que representa 51 milhões de trabalhadoras e trabalhadores de 140 países em todos os continentes.

As conexões globais, aliás, estão no ‘DNA’ da CNQ, com histórico marcante a partir da criação das redes sindicais que viabilizaram o enfrentamento a multinacionais, como a BASF e a Bayer.