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Congresso dos urbanitários vai fundar Confederação do ramo

Reunido em Florianópolis, ramo também vai traçar estratégias para combater privatizações

Publicado: 11 Agosto, 2015 - 12h31 | Última modificação: 11 Agosto, 2015 - 16h37

Escrito por: FNU-CUT e Secom-CUT

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Congresso vai fundar Confederação

A FNU-CUT (Federação Nacional dos Urbanitários) está realizando, desde a noite de ontem, 10 de agosto, seu 20º Congresso. Um dos objetivos mais importantes deste encontro é a criação da Confederação Nacional dos Urbanitários.

A FNU foi criada na década de 1960, dentro de conceito de estrutura sindical que não corresponde mais à realidade. Para ter abrangência verdadeiramente nacional, do ponto de vista jurídico, é necessária a criação da Confederação.

Arilson Wunfch, atual presidente da FNU, explica que a atual federação tende a se tornar a representação regional Sudeste. Já estão sendo criadas outras estruturas regionais, como a Nordeste, já reconhecida pelo Ministério do Trabalho.

O Congresso, que ocorre no hotel Canto da Ilha, em Florianópolis – estrutura pertencente à Escola Sul, da CUT – também vai definir linhas de atuação para que os sindicatos filiados continuem combatendo as tentativas de privatização dos setores de energia elétrica e saneamento. Essas tentativas nem sempre se dão de forma explícita, mas por meio de terceirizações e concessões nos níveis estaduais e municipais.

Urbanitários são os trabalhadores que atuam nos setores de energia elétrica, saneamento, meio ambiente e gás natural.

A abertura do Congresso contou com a presença de centenas de delegados e convidados especiais, entre eles representantes dos movimentos sociais do MAB, do MST, da luta das Mulheres, na figura da ativista e pesquisadora Rachel Moreno, Anna Júlia (CUT-SC), Jocélio Drummond (ISP), e o presidente da CUT nacional, Vagner Freitas.  

Nos discursos foi destacada a importância de se fazer o enfrentamento contra o movimento conservador. O caminho para isso é defender que nenhum direito seja retirado da classe trabalhadora.

Segundo Nauro José Velho, dirigente do MST, a atual conjuntura  foi gerada também por erros da esquerda, que mesmo chegando ao poder não fez as mudanças estruturais na sociedade que poderiam fazer a diferença neste momento. 

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a direita tem na verdade preconceito de classe com os trabalhadores. “Eles não querem disputar o poder. Tem ódio dos acertos do Governo do PT. A CUT e demais entidades vão à luta, para barrar toda tentativa de golpe. Mesmo que seja na marra.  No dia 20 será realizado um ato contra a retirada de direitos, pela reforma política e em defesa da democracia”, disse Vagner, convocando a participação de todos na atividade “Nas Ruas por Direitos, Liberdade e Democracia”.

O presidente da FNU, Arilson Wunsch, disse que os trabalhadores vão realizar um sonho que é a construção da CNU.  Outro passo importante, segundo ele, é a formulação de uma estratégia contra as privatizações das empresas de energia e de saneamento via FGTS.   Arilson conclamou a todos a se empenhar em construir uma Confederação Nacional dos Urbanitários forte e atuante.   

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