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Conheça os deputados federais candidatos ao Senado que votaram contra o trabalhador

Dos 24 deputados federais candidatos ao Senado mais da metade votou totalmente contra os interesses do trabalhador. Na hora de escolher em quem votar para senador, pense nos direitos que eles ainda podem atacar

Publicado: 30 Agosto, 2022 - 08h30 | Última modificação: 22 Setembro, 2022 - 15h02

Escrito por: Rosely Rocha | Editado por: Marize Muniz

Alex Capuano
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Nas eleições de 2 de outubro, 156 milhões de eleitores irão às urnas. Para o Senado, vão escolher um representante de cada estado e do Distrito Federal. Nas propagandas no rádio e TV, os candidatos fazem muitas promessas, mas quando são eleitos mostram suas verdadeiras faces e muitas delas são totalmente contrárias aos direitos trabalhistas. No Congresso Nacional sempre votam a favor dos patrões.

Este é o caso da maioria dos 24 deputados federais que se candidataram ao Senado nas eleições deste ano e de 12 candidatos que já são senadores e disputam a reeleição. 

Para os trabalhadores e trabalhadores não elegerem quem vota contra eles em Brasília, a CUT orienta: Na hora de escolher em quem votar para senador, analise o histórico dos candidatos, como votaram projetos de interesse dos trabalhadores, pense nos direitos que eles ainda podem atacar se forem eleitos.

Para facilitar a análise, o PortalCUT, fez um compilado sobre como votou cada um desses deputados que querem ser senadores a partir do levantamento “Quem foi quem no Congresso Nacional, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).

Apenas três deputados federais, dois do PSB e um do PT, que concorrem ao Senado votaram 100% a favor das pautas trabalhistas.

Já 13 do bloco do Centrão, que apoia o governo de Jair Bolsonaro (PL), votaram 100% contra os trabalhadores e trabalhadores.

Outros oito, também de partidos de direita e centro direita, foram contrários, mas com índices menores variando de 55% a 90% contra.

Quem votou a favor dos trabalhadores

Os que votaram sempre a favor dos trabalhadores foram Alessandro Molon (PSB-RJ), Beto Faro (PT-PA) e Rafael Motta (PSB-RN).

Quem são os 13 deputados que votaram sempre contra os trabalhadores

Os votos 100% contra os interesses dos trabalhadores foram, em sua maioria, do Partido Progressista (PP).

Confira:

- Aline Sleutjes (Pros-PR);

- André de Paula (PSD-PE);

- Cacá Leão (PP-BA);

- Celso Maldaner (MDB-SC);

- Daniel Silveira (PTB-RJ);

- Efraim Filho (União Brasil -PB);

- João Campos (Republicanos-GO);

- Hiran Gonçalves (PP-RR);

- Marcelo Aro (PP-MG);

- Neri Geller (PP-MT);  

- Paulo Eduardo Martins (PL-PR).

- Tereza Cristina (PP-MS);

- Dra. Vanda Milani (Pros-AC).

Quem são os oito que votaram na maioria das vezes contra o trabalhador

Oito deputados federais que concorrem ao Senado votaram na maioria das vezes contra o trabalhador. São eles:

- Jaqueline Cassol (PP-RO), 90% contra;

Com 89% das vezes no voto contrário foram os deputados:

- Alan Rick (DEM-AC);

- Laercio Oliveira (PP-SE);

- Professora Dorinha Seabra Rezende (União-TO);

- Mariana Carvalho (Republicanos-RO).

Os demais são:

- Flavia Arruda (PL-DF) votou em 86% contra;

- Delegado Waldir (União- GO) 55,5%;

- Clarissa Garotinho (União Brasil), com 55%.

Pautas de interesse do trabalhador ignoradas pelos candidatos

Para chegar a esses índices, o Diap levantou como votaram esses parlamentares na reforma Trabalhista, que retirou mais de 100 itens da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e levou à precarização das relações do trabalho além de diminuir o financiamento dos sindicatos e o seu poder de atuação, entre outras mazelas. 

Eles também votaram no aumento da terceirização, retirando a responsabilidade das empresas mães sobre a indenização dos trabalhadores em caso de disputa judicial, como falta de pagamentos e verbas rescisórias, entre outras.

Esses candidatos também foram a favor do Teto de Gastos Públicos, em 2015, que congelou os investimentos públicos até 2035, impedindo que o governo gaste mais em todos os setores, apesar da necessidade de aumentar os recursos, especialmente, em áreas vulneráveis como saúde, educação e assistência social.

A reforma da Previdência feita em 2019 no atual governo de Jair Bolsonaro (PL), também entrou na avaliação do DIAP. Com a reforma homens e mulheres tiveram de aumentar seu tempo de contribuição, reduziu os ganhos e ainda retirou percentual a receber de viúvas, viúvos e órfãos, entre outras perdas. O ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a dizer que aposentado que ganhava R$ 2,2 mil por mês, era rico

Importante ressaltar que alguns candidatos mesmo não tendo votado contra todos esses itens, pois não exerciam o cargo de deputado federal à época das votações no Congresso Nacional, foram considerados 100% contrários, pois de acordo com o DIAP, na única vez em que foi preciso tomar uma decisão, votaram contra o trabalhador.

Este é o caso de Daniel Silveira (PTB-RJ), Aline Sleutjes (Pros-PR); Dra, Vanda Milani (Pros-AC), Neri Geller (PP-MT) e Paulo Eduardo Martins (PL-PR), que participaram da votação apenas da reforma da Previdência.

Leia mais: Quase metade do Congresso Nacional votou contra os interesses dos trabalhadores