A agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prevê reunião com Prates às 16 horas. Novo CEO da estatal renunciou ontem ao mandato de senador
Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (26), o Conselho de Administração da Petrobras confirmou o nome de Jean Paul Prates para assumir o comando da estatal. Para isso, ele renunciou ontem ao mandato de senador, uma das condições legais para a consolidação de sua posição na companhia. O colegiado tomou a decisão por unanimidade, segundo a GloboNews.
Não eram esperadas surpresas na reunião que bateu o martelo. A agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prevê reunião com Prates às 16 horas. Ele precisava ser eleito como membro do conselho, outra condição para presidir a estatal. Segundo a CNN, mesmo que tivesse algum tipo de resistência ao nome, isso não deveria impedir sua eleição.
Ele assumirá como presidente interino da companhia, antecipando em dois meses o trâmite normal do processo. Seguindo a burocracia de praxe, Prates só poderia assumir o posto depois de assembleia de acionistas em abril.
O petista foi eleito para o Conselho na vaga de Caio Mário Paes de Andrade, o quarto presidente da Petrobras na errática gestão de Jair Bolsonaro. Paes de Andrade deixou o colegiado para assumir o cargo de secretário de Gestão e Governo Digital no governo de São Paulo.
Prates está no Rio de Janeiro desde a semana passada, onde tem feito reuniões para conhecer a situação da estatal, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Na segunda (23), ainda de acordo com o diário, ele encontrou-se com o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.
O dirigente mostrou a Prates suas projeções para a empresa, como voltar a ser protagonista em petroquímica e ampliar os negócios em refinarias.
Na terça-feira (24) a Petrobras anunciou novo aumento, de 7,47%, no preço da gasolina. O valor do combustível nas refinarias passou de R$ 3,08 para R$ 3,31 o litro. O preço do diesel não sofre alteração. O último aumento de preço da gasolina havia ocorrido em dezembro, de 6,1%.
O reajuste não tem relação com o governo Lula, pois a decisão partiu da atual direção da estatal, ainda comandada pelo interino João Henrique Rittershaussen.