Escrito por: FUP
Entidade também aponta para rejeição de proposta apresentada pela Petrobrás
Só a luta garantirá nossos direitos!
A avaliação do Conselho Deliberativo da FUP é de que a proposta apresentada pela Petrobrás no último dia 19 já nasceu morta. Além de sacrificar os trabalhadores com arrocho salarial e redução de direitos, a gestão Pedro Parente insiste em descumprir os acordos firmados com a categoria.
O indicativo às assembleias é de que rejeitem a proposta da empresa e aprovem um amplo calendário de mobilizações, com paralisações, bloqueios de embarque, atrasos nos expedientes, intensificação da Operação Para Pedro e outras formas de luta que os sindicatos apontarem durante o período de 31 de outubro a 11 de novembro.
Será um esquenta para a greve que os trabalhadores discutirão no Seminário Nacional, que será realizado nos dias 07 e 08 de novembro.
Acordo é pra ser cumprido!
Não bastasse querer jogar no lixo o compromisso de implantação do ATS dos trabalhadores da Fafen-PR, cujo acordo foi assinado por um dos integrantes da atual direção, a Petrobrás continua levando para a mesa de negociação cláusulas que nada têm a ver com o Termo Aditivo, que, como prevê o Acordo Coletivo de Trabalho, diz respeito somente às questões de reajuste salarial.
Ao tentar impor mudanças na jornada de trabalho e na remuneração das horas extras, os gestores ferem, mais uma vez, o que está pactuado no ACT, cuja validade é até 31 de agosto de 2017. A FUP reiteradamente se posicionou contra essas manobras da empresa, afirmando que questões relativas a jornadas e HEs só serão tratadas na Comissão de Regimes de Trabalho, após o fechamento do Termo Aditivo. Infiltrar esses temas na negociação salarial é descumprir categoricamente o Acordo Coletivo.
Os ataques aos direitos dos trabalhadores seguem a lógica do desmonte do Sistema Petrobrás, pois o DNA de Pedro Parente é o mesmo dos gestores que no passado dizimaram as principais conquistas da categoria e atacaram a organização sindical, com o intuito de privatizar a Petrobrás. Ele foi um dos homens fortes do governo de FHC, chegando, inclusive, a ocupar uma das cadeiras do Conselho de Administração da companhia durante todo o segundo mandado. Seu papel, portanto, é dar sequência ao que começou nos anos 90. Só com luta e organização sindical, conseguiremos defender nossos direitos e a nossa empresa.