Escrito por: Verônica Tozzi, da Contag
Mobilização vai mostrar como o desmonte do INSS prejudica a classe trabalhadora e como a Previdência Rural é fundamental para os trabalhadores e trabalhadoras do campo
As federações e sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) realizam, nesta terça-feira (5), uma mobilização nacional pela reestruturação do atendimento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em todo o País.
Os dirigentes cobram medidas emergenciais para resolver problemas que trabalhadores e trabalhadoras do campo estão enfrentando para conseguir benefícios e com empréstimos consignados concedidos indevidamente, além do excesso de pedidos de aposentadorias negadas a rurais.
A mobilização, com forte atuação nas redes sociais e nas rádios em defesa da Previdência Social, vai mostrar como o desmonte do INSS prejudica a classe trabalhadora e como a Previdência Rual é fundamental para os trabalhadores e trabalhadoras do campo.
“A Previdência Rural é uma importante política de distribuição de renda e de fortalecimento da economia local da grande maioria dos municípios brasileiros. Nesse sentido, não podemos ficar assistindo à desestruturação do INSS”, destaca a secretária de Políticas Sociais da Contag, Edjane Rodrigues.
De acordo com a direção da Contag, a mobilização é para garantir orçamento adequado para o funcionamento do INSS, agilizar o atendimento, revisar os processos indeferidos indevidamente, melhorar as plataformas INSS Digital e Meu INSS que estão apresentando muitos problemas e inconsistências, realizar concurso público para contratação de mais servidores e médicos peritos para agilizar a análise dos processos e atendimento à população.
“Quando a política de proteção previdenciária se fragiliza, ela impacta diretamente na subsistência de milhões de famílias, bem como reduz o seu papel estratégico e indutor do desenvolvimento socioeconômico de milhares de municípios brasileiros”, diz trecho de nota da Contag.
Em entrevista ao PortalCUT, o ex-ministro da Previdência Social Luiz Marinho disse que, em sua gestão, “o número de servidores do INSS chegava a 44 mil e funcionava como um “relógio”.
“Nós criamos a escola previdenciária, com o apoio da CUT; fazíamos reuniões pela TV, com gerentes das agências do INSS, num convênio com o Banco do Brasil, para capacitá-los a atender a população”, diz Marinho.
Além da capacitação, o governo Lula, disse Marinho, modernizou e ampliou o número de agências, valorizou a prestação do serviço nas cidades, territórios e regiões.
“O golpe de 2016 veio de forma cadenciada, num processo de desmonte do serviço público, da legislação trabalhista. Nós, pelo número de telefone 135, fizemos muito mais do que o atual governo que tem todo um aparato e condições tecnológicas melhores do que tínhamos há anos”, afirma o ex-ministro do Trabalho e Previdência.
É por tudo isso, que o momento atual exige maior reflexão e ações proativas, principalmente por parte do governo de Jair Bolsonaro (PL) no sentido de dar soluções para os problemas estruturais da previdência que afetam o atendimento à população, diz a nota da Contag.
“Com essa mobilização, esperamos que muitos dos problemas sejam solucionados para que a Previdência Social continue sendo uma política pública eficiente no atendimento digno da população”, espera o presidente da Contag, Aristides Santos.
Programação da mobilização
. Nesta segunda (04), às 10 horas, será realizada Audiência Pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado, a partir de requerimento do senador Paulo Paim (PT-RS).
. Às 11 horas, a Contag convoca a participação de todos e todas) para um tuitaço com a hashtag #EmDefesaDaPrevidencia.
. Já na terça-feira (05), às 10 horas, a Contag fará uma Live para apresentar o andamento das mobilizações pelos estados e municípios, com a participação das Federações e de parlamentares.
Clique aqui para baixar a nota que contextualiza os motivos da realização da mobilização nacional.