Escrito por: Redação CUT
Venha para Frente Nacional Contra a Fome e a Sede e ajude também a construir a Campanha Eu Voto Contra a Fome e a Sede. Leia a matéria e veja como aderir.
A Frente Nacional Contra a Fome e a Sede, que reúne várias entidades, entre elas a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) e várias organizações do campo e da cidade, lançou um manifesto contra a fome e a sede. As entidades estão fazendo campanha para conseguir mais adesões ao manifesto.
"Junte-se a nós nessa luta!
Venha para Frente Nacional Contra a Fome e a Sede e ajude também a construir a Campanha Eu Voto Contra a Fome e a Sede. Para assinar a adesão clique aqui.
Reprodução
Cinco agências da Organização das Nações Unidas (ONU) lançaram nesta quarta-feira (6) o relatório O Estado de Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, que revela o avanço global da fome, inclusive no Brasil.
O documento mostra que, entre os brasileiros, a prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave aumentou de 37,5 milhões de pessoas (18,3%) entre 2014 e 2016, para 61,3 milhões (28,9%) entre 2019 e 2021.
A fome e a sede são o prato principal de milhões de pessoas no nosso país. A afirmação é comprovada pelo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, desenvolvido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan), em sua segunda edição, divulgada em junho de 2022.
Mas o texto do manifesto contra a fome e a sede, elaborado antes da divulgação dos dados da ONU, contextualizou o documento com outros dados.
Confira:
Aproximadamente 100 milhões de pessoas não têm acesso a redes de coleta de esgoto e 35 milhões não têm acesso a água tratada, segundo Instituto Trata Brasil (ITB).
Diversas organizações e movimentos ligados à luta por direitos denunciam essa realidade há anos e diariamente, apontam direções para solucionar esses problemas que afligem diretamente a vida de milhões de pessoas, afastando-as da possibilidade de uma vida digna.
São problemas que precisam de respostas e transformações estruturais a estarem presentes nos poderes executivos e legislativos, em projetos políticos e sociais compromissados com a população.
O Brasil sempre foi um país rico, mas imerso em pobreza pois suas riquezas são espoliadas tradicionalmente por uma elite egoísta, corrupta, hipócrita e autoprotegida. Elite esta que não aceita que o povo ocupe espaços de poder e decisão para mudar essa realidade.
Votamos para reivindicar propostas e compromissos com o combate estrutural à fome, à sede e à pobreza nessas eleições. Para reafirmar que estamos na luta por dignidade para o povo brasileiro e para tirar o Brasil da situação em que se encontra.
Votamos para colocar nos espaços de decisão representantes da população que têm propriedade para transformar todas essas realidades citadas acima ou que estão na luta pela garantia de direitos para essas pessoas. Votamos porque só com dignidade é possível pisar neste chão e esperançar dias melhores para todas e todos nós.
Queremos o fortalecimento da agricultura familiar e camponesa e urbana, com produções de alimentos saudáveis com base na agroecologia. Temos o compromisso de refletir e defender projetos que promovam a dignidade humana, possibilitando o acesso a alimentos saudáveis e água potável a todas as pessoas, independente da classe social. A defesa dos nossos biomas e dos territórios dos povos das águas, do campo, das florestas e das cidades.