Escrito por: Conticom-CUT

CONTICOM/CUT debate o ramo da construção e madeira em seu 10º Congresso, em SP

Evento nos dias 6 e 7 de junho vai debater a reorganização dos sindicatos do ramo da construção e madeira diante das novas perspectivas políticas do país; delegados também elegerão nova diretoria

Reprodução

A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira filiados à CUT (CONTICOM-CUT) promove o seu 10º Congresso, em 6 de junho, das 9h às 17h, e no dia 7 de junho, das 9h às 16h.

O evento traz o tema “Reconstruir, Avançar e Edificar” e foca na reorganização do ramo diante das novas perspectivas políticas do país. A eleição da nova diretoria da confederação para o próximo quadriênio também está na agenda do Congresso.

A atividade será realizada de forma híbrida (presencial e online), na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na capital paulista. A expectativa é de que cerca de uma centena de lideranças participem do evento

Desafios

O presidente da CONTICOM, Claudio Gomes, destacou que o principal desafio do congresso será o de mobilizar e reorganizar os sindicatos do ramo com vistas à nova conjuntura política do país e também diante das expectativas de haver uma reforma sindical a partir das reivindicações do próprio movimento.

“Os sindicatos do ramo precisarão se reorganizar e se estruturar para os impactos da retomada do PAC e a ampliação do Programa Minha Casa, Minha Vida, situações que vão demandar muito esforço nosso na organização e representação dos trabalhadores”, explicou o presidente da CONTICOM.

Combate ao trabalho precário

Cláudio Gomes lembra que um dos debates prioritários será a luta pela reconstrução da estrutura de fiscalização do estado, atualmente muito reduzida em função da política do desmonte do Ministério do Trabalho e Emprego promovida pelo governo anterior.

“Atualmente, essa fiscalização se faz praticamente apenas por meio das ações judiciais, o que não é adequado, pois não traz retorno imediato. Precisamos nos preparar para usar todos os mecanismos disponíveis, como fiscalizações estaduais e municipais, ou por meio de órgãos com capacidade de fiscalização, como Ministério Público e INSS. Só assim vamos nos fortalecer enquanto instituições de defesa do trabalhador”, diz Cláudio Gomes que lembra: “o ramo da construção está entre os que mais causam acidentes graves e fatais”.

Diálogo

Para o presidente da CONTICOM, o governo Lula tem conversado com o movimento sindical, mas as reivindicações da classe trabalhadora precisam obter maior protagonismo.

O dirigente vê a possibilidade de criação de um canal direto de diálogo permanente com o governo que deve ser usado pelos sindicatos para a busca de um maior protagonismo na discussão sobre reordenamento jurídico das relações do trabalho e do cumprimento pelas empresas de cláusulas sociais.

“Precisamos ampliar o diálogo sobre o combate às práticas antissindicais e ao trabalho precário. A retomada de diretos e garantia de emprego e trabalho decente para a população trabalhadora é um debate prioritário”, apontou.