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Contra demissões e dupla função, motoristas de ônibus ocupam ruas do Recife

Motoristas e cobradores de ônibus do Recife paralisaram novamente o transporte coletivo da capital pernambucana nesta segunda-feira (28) contra demissão de trabalhadores e pela aprovação do Projeto de Lei (PL)

Publicado: 28 Setembro, 2020 - 11h47

Escrito por: Redação CUT

Reprodução
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Motoristas e cobradores de ônibus do Recife paralisaram novamente o  transporte coletivo da capital pernambucana nesta segunda-feira (28) contra demissão de trabalhadores e pela aprovação do Projeto de Lei (PL) nº 05/2019,  que proíbe o acúmulo de função dos motoristas da cidade.

É a segunda greve da categoria para pressionar os vereadores a aprovar o projeto que proíbe o acúmulo de função, que está  tramitando na Câmara. A primeira foi há uma semana, na segunda-feira (21), dia em que o projeto foi tirado de pauta por falta de quórum.  Nesta terça, o PL 05/19, está na pauta da Casa. Os rodoviários não querem mais adiamento ou emendas nesse projeto e reivindicam também a reintegração dos demitidos e volta dos cobradores que foram retirados dos coletivos.

Segundo informações do Jornal do Commercio, 67% das linhas de ônibus estão operando sem cobradores na região metropolitana.

 Outros protestos

No dia 25 de agosto os empregados da empresa Vera Cruz cruzaram os braços, por questões trabalhistas. Cerca de 120 veículos ficaram parados da garagem  e não houve operação nos terminais integrados do Cabo, Cajueiro Seco, Aeroporto, Tancredo Neves, Barro e Afogados, bem como os bairros do Ibura, Marcos Freire e o município de Ipojuca, no Grande Recife.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, destacou que, ao todo, cerca de 1,5 mil trabalhadores da Vera Cruz foram prejudicados. "Os companheiros trabalharam integralmente, com a carga horária 100% ,e a empresa pagou como se eles tivessem trabalhado com jornada reduzida”, como prevê a Medida Provisória do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL).

“Alguns cobradores e motoristas receberam R$ 120 do adiantamento quinzenal. É uma vergonha para quem cumpriu a jornada de trabalho” criticou  o sindicalista.

 Além disso, em 04 de setembro, os motoristas da empresa Caxangá paralisaram as atividades e não nenhum dos 231 veículos programados saiu da garagem pela manhã. Não houve operação nos terminais Xambá, PE-15 e Rio Doce, em Olinda, e Largo da Paz e Joana Bezerra, na capital pernambucana. 

O Sindicato dos Rodoviários afirmou que o protesto foi contra as demissões por parte da empresa, chamadas de abusivas e descabidas pelos trabalhadores. Mesmo com a estabilidade da medida provisória (de redução de jornada e suspensão de contratos), os patrões demitem sem qualquer justificativa e não querem pagar ia rescisão integral dos profissionais.

Com apoio da CUT-PE.