Escrito por: Redação RBA

Contra o retrocesso de Bolsonaro, Haddad articula frente progressista para 2022

Uma das principais lideranças do PT, ex-prefeito tem diálogo permanente com líderes do Psol, PSB e nomes progressistas, como Roberto Requião (MDB)

Reprodução

Ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) está em diálogo permanente com lideranças como Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), o ex-governador Ricardo Coutinho, do PSB, e outros partidos de centro-esquerda. A ideia é articular uma frente progressista que tenha condições de disputar – e ganhar – a eleição presidencial em 2022. “Temos de ganhar as eleições de 2022, porque esse país não aguenta oito anos de Bolsonaro”. O anúncio foi feito neste sábado (3), durante a 21ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em São Paulo neste sábado e domingo.

Na avaliação de Haddad, os partidos de centro “cometeram suicídio” ao apoiar Jair Bolsonaro (PSL). “Apoiaram o pior quadro político da história do Brasil e agora estão lamentando envergonhadamente por terem alimentado um bicho que eles não conseguem domesticar. É disso que se trata: nós temos hoje um bicho na presidência da República que não quer ser domesticado. O centro está acuado, envergonhado demais”, afirmou.

O petista criticou setores da imprensa que nivelaram o PT ao de Bolsonaro, só que no extremo contrário. É o que ele chamou de “comparação artificial”. “Nunca me envergonhei de ser socialista. Nunca admiti que arbítrios fossem cometidos contra a população. E nenhum companheiro meu de centro-esquerda fizeram isso. Nunca abrimos mão de organizar o povo para a participação, para a democracia. Eles (aliados de Bolsonaro) não querem democracia. Só de gabinete.

E defendeu a participação da população inclusive no projeto a ser forjado para as eleições. É com ideias novas, acredita, que novos corações serão conquistados e novas mentes serão mobilizadas – a juventude.

Para Haddad, os jovens estão ávidos por essa construção. Tanto que foram às ruas em maio, somando mais de 1 milhão de pessoas na mobilização em defesa da educação, fortemente atacada pelo governo Bolsonaro.