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Corintiano dribla PM e visita Acampamento Lula Livre

“Vamos continuar usando a camisa do Corinthians e defendendo o presidente Lula porque ele não cometeu crime algum e foi o melhor e o maior presidente do Brasil”, diz Emerson Marcelo

Publicado: 22 Abril, 2018 - 15h59 | Última modificação: 22 Abril, 2018 - 16h48

Escrito por: Denise Veiga, especial para Portal CUT

Edson Rimonatto
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Mil e quinhentos torcedores do Corinthians estiveram neste domingo (22) em Curitiba para assistir a segunda partida pelo Campeonato Brasileiro, desta vez contra o Paraná. O time paranaense foi massacrado pelos corintianos por 4 a 0 e integrantes das torcidas Gaviões da Fiel, Estopim, Pavilhão 9, Camisa 12, Coringão Chop e Fiel Macabro foram escoltados pela polícia até a saída da cidade.

Muitos queriam visitar o Acampamento Lula Livre, instalado nas proximidades da sede da Superintendência da Polícia Federal, onde o ex-presidente Lula, um dos torcedores mais famoso do time, está mantido como preso político desde o dia 7 de abril, mas a polícia impediu.

Alguns torcedores, porém, driblaram a determinação da PM e conseguiram chegar até o acampamento, mas foram obrigados a tirar a camisa do time.

Um deles é Emerson Marcelo, de Osasco, torcedor da Gaviões da Fiel, que falou a reportagem do Portal CUT sobre seu sentimento de revolta contra o autoritarismo da polícia.

“Isso é um absurdo, cara, vivemos um estado de completa exceção. Acabei de vir do jogo entre Corinthians e Paraná e, logo na primeira barreira policial, aonde vim para conhecer o acampamento, fui obrigado a tirar a camisa do Corinthians”, denunciou o torcedor.

“Como assim? Voltou a ditadura? Voltamos 64? Não podemos usar a camisa de um time para visitar um movimento legítimo que está defendendo uma pessoa que não cometeu crime algum e se cometeu: cadê a prova? “, questionou o indignado corintiano.

Para ele, a atitude da polícia é mais uma prova do preconceito contra pobres, em especial, daqueles que têm consciência social e sabem que o julgamento de Lula foi imparcial e político.

“Por sermos corintianos e vir de onde viemos”, desabafa Marcelo, “da massa do povo e por termos consciência social e entendemos sim, que esse é um julgamento unilateral, fomos tratados com autoritarismo”, afirmou Emerson Marcelo.

“É algo totalmente arbitrário! O mesmo que estão fazendo com nosso presidente Lula. Não aceitamos porque entendemos que a democracia deve ser mantida acima de qualquer coisa. Esse autoritarismo e perseguições em cima da gente, só vai nos dar mais força. Vamos continuar usando a nossa camisa do Corinthians e defendendo o presidente Lula porque ele não cometeu crime algum e foi o melhor e o maior presidente do Brasil”, reforça.

Vários torcedores hoje, em atos isolados se manifestaram durante o jogo. No entanto, foram proibidos de entrar com faixas, conta Marcelo.

“Diversos torcedores se manifestaram isoladamente, até porque se fizéssemos em conjunto seríamos perseguidos. Então, todos que apoiam e entendem a causa e reconhecem de onde vieram, sabem o que é preciso para ter uma população cada vez mais unida. Não brigamos para benefício próprio, brigamos para o benefício coletivo e todos que entendem se manifestaram hoje”, desabafa.

Marcelo deixa uma mensagem para todos do acampamento: “Fico emocionado e sem palavras ao ver o quanto vocês estão se esforçando para se manter aqui, enfrentando todas as arbitrariedades. Vocês defendem uma ideia, não uma pessoa. Lula fez essa ideia prevalecer e florescer no coração de cada um de nós e é isso que eu acredito. Parabéns a todos que aqui estão”.