Escrito por: Redação RBA
Projeto não avançou no Senado. Sindicalistas querem recuperar direitos “roubados”
Depois de barrar a privatização, pelo menos até agora, da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), a luta dos trabalhadores e das trabalhadoras da estatal é pela recuperação de direitos perdidos nos últimos anos.
O Projeto de Lei (PL) nº 591, que autoriza que os serviços postais possam ser explorados pela iniciativa privada, inclusive os prestados hoje em regime de monopólio pela ECT, estatal 100% pública, não andou no Senado e agora aguarda relator na Comissão de Assuntos Econômicos.
A Campanha Salarial, por sua vez, já começou. A data-base é 1º de agosto e os representantes dos trabalhadores já têm reuniões já agendadas.
Os sindicatos e federações da categoria (Fentect e Findect) lembram que as campanhas dos últimos anos foram marcadas por constante redução de direitos, com a maior parte das cláusulas suprimida da convenção coletiva. Enquanto isso, apenas em 2021 os Correios tiveram lucro de R$ 3,7 bilhões. Também no ano passado, a Justiça do Trabalho fixou reajuste salarial abaixo da inflação.
A Findect, por exemplo, tem uma primeira reunião prevista para a próxima sexta-feira (1º). A federação e sindicatos filiados reivindicam reposição pelo INPC e aumento real no valor de R$ 300, entre outros itens. Além de retorno “de todas as cláusulas roubadas” no atual governo. “A categoria ecetista foi submetida nos últimos anos a constantes ataques aos seus direitos, resultado deste governo maluco, irresponsável e que prioriza privatizações e entrega do patrimônio público”, afirma a entidade.
Já a Fentect começou a discutir a participação nos lucros ou resultados (PLR), mas logo na primeira reunião seus representantes foram informados que o exercício de 2021, de lucro recorde, não entraria na pauta, apenas o deste ano.
“Toda a comissão foi surpreendida com esta informação, pois mais uma vez a direção da empresa age de forma contrária aos interesses dos trabalhadores. A direção da empresa tenta dar um calote nos trabalhadores ecetistas e ignora nosso direito na participação de lucro que foi construído sobre a retirada de direitos dos nossos trabalhadores e trabalhadoras”, reagiu a federação.