Covid-19: 4ª dose é liberada após alta de casos e da taxa de transmissão

A alta na média móvel de de casos de Covid-19 e a alta taxa de transmissão da doença levou o Ministério da Saúde a recomendar a quarta dose da vacina para quem tem 50 anos ou mais e para todos os profissionais de saúde.

Nesta segunda-feira (6), o Brasil registrou 31.195 casos de Covid-19, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), mesmo sem os dados de 14 estados - SP, AC, AL, AM, AP, GO, MA, MG, MS, PB, RJ, RR, RS e TO. 

A média de novos casos chegou a 31.065, maior número desde 25 de março – aumento de 25,22% em uma semana e de 112,99% em 14 dias.

A taxa de transmissão da Covid-19 no país está em 1,56. Isso significa que cada 100 pessoas infectadas transmitem a doença para 156 e a estimativa da plataforma Info Tracker (USP/Unesp) é a de que essa taxa chegue a 1,63 na próxima segunda-feira (13).

Já a média de óbitos dos últimos sete dias ficou em 75, o menor índice em mais de dois anos, desde 7 de abril de 2020, levando em consideração que 14 estados não colocaram dados no sistema. Nesta segunda, foram registrados 36 óbitos.

4ª dose

Alguns estados liberaram a 4ª dose após a recomendação do Ministério da Saúde, feita no sábado (4), mas algumas prefeituras já haviam se antecipado e liberado a aplicação do novo reforço da vacina contra Covid-19 para pessoas com 50 anos ou mais e para profissionais da saúde.

Podem tomar a 4ª dose todos que tomaram a terceira dose há pelo menos quatro meses.

Estados que já liberaram a 4ª dose

O Paraná anunciou a liberação da quarta dose no dia 4.

As secretaria estaduais de Saúde de São Paulo e Santa Catarina já estão aplicando a dose extra desde esta segunda (6).

O governo do Distrito Federal também já tinha anunciado de vacinação para esse público. 

Algumas prefeituras já haviam liberado a vacinação com a quarta dose para essa faixa de idade, entre elas as de São Paulo, Macapá, Maceió, Manaus e Teresina.

Vacinas aplicadas

O Ministério da Saúde recomenda que para quarta dose sejam usadas as vacinas que tenham a tecnologia de RNA mensageiro: da Pfizer, Janssen e AstraZeneca. 

Outra justificativa do ministério para a decisão de ampliação da quarta dose são os dados do Brasil que apontam que após 90 dias da primeira dose de reforço há uma diminuição da efetividade da vacina para casos sintomáticos causados pela variante ômicron.