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Covid-19: Brasil chega a 2,5 milhões de infectados e quase 89 mil vidas perdidas

O novo coronavírus continua se alastrando pelo país com taxas de contágio acima da capacidade de controle

Publicado: 29 Julho, 2020 - 11h37 | Última modificação: 29 Julho, 2020 - 12h53

Escrito por: Redação CUT

Bruno Kalli - Fotos Públicas
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A pandemia do novo coronavírus continua se alastrando pelo país com taxas de contágio acima da capacidade de controle das autoridades da área da saúde e governantes. A situação é dramática e alguns estados apresentam sinais de segunda onda.

Desde o início da pandemia, em março, quase 2,5 milhões de pessoas foram infectadas e 88.634 morreram vítimas da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, no Brasil. Em apenas 24 horas, mesmo sem os dados de São Paulo e do Pará, foram registradas 897 mortes.

Só nesta terça-feira (28), 40.816 novos casos da doença foram confirmados e a média móvel de mortes é uma das maiores da história da pandemia brasileira, com estimativa de 1.044 novos óbitos diários nos últimos sete dias.

Subnotificação

E esses números podem ser ainda maiores por causa da subnotificação, falta de testes em pessoas que têm sintomas e outras que até já morreram com problemas respiratórios.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, o número de infectados pelo novo coronavírus  pode ser dez vezes maior do que índice oficial de casos registrados, segundo pesquisa realizada pela prefeitura da capital paulista.

A pesquisa aponta que o total de pessoas que tiveram contato com o vírus seria de 1,2 milhão, o que equivale da 9,5% da população paulistana. São Paulo tem registradas 13.068 mortes e 229.475 casos do novo coronavírus.

Problema para notificar dados 

A falta de dados de São Paulo apontada nesta segunda pelo Ministério da Saúde ocorreu porque as autoridades do estado tiveram dificuldades para exportar a base de dados a tempo de atualizar o painel nacional. A Secretaria Estadual de Saúde de SP só vai lançar os dados referentes à terça-feira nesta quarta-feira (29).

Já no Pará, segundo o Ministério da Saúde, a secretaria Estadual de Saúde informou que “verificou algumas inconsistências na base e corrigiu duplicidades”. Por isso, o número total de óbitos informados nesta terça (5.716) foi menor do que o reportado na segunda (5.729). 

Óbitos nos Estados

São Paulo lidera o ranking no país, com 21.676 óbitos pelo novo coronavírus. O Rio de Janeiro é o segundo com mais fatalidades, com 13.033 vítimas da doença. Os dois são os únicos estados que têm mais de 10 mil mortes. 

Já Roraima, Tocantins e Mato Grosso do Sul são os únicos estados com menos de 500 mortes — 479 e 357 e 328, respectivamente. Além deles, somente outros quatro estados têm menos de mil mortes pela doença no Brasil, mas alguns como Santa Catarina, que tem 960 mortos estão registrando altas recordes seguidas de casos. Rondônia registrou 840 mortes, Amapá (558), Acre (500). 

A maioria dos estados brasileiros já acumula mais de mil óbitos pela covid-19. Das 27 unidades federativas, 20 integram essa lista.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, 10.620 pessoas foram infectadas pelo coronavírus. Segundo a Secretário Estadual de Saúde, o número de mortes por coronavírus pode triplicar em 1 mês.

São 15 casos ativos no estado para cada 10 mil habitantes. E as cidades que concentram os números mais altos estão espalhadas por, pelo menos, cinco regiões.

Joinville é a que apresenta o maior número de casos ativos, 1.807.  Em seguida estão as microrregiões de Florianópolis (1.434), Itajaí (1382), Blumenau (1308) e Criciúma (827). 

Rio Grande do Sul

A situação é crítica no estado do Rio Grande do Sul. O estado já registra 1.678 mortes e 62.348 casos confirmados, segundo o boletim da Secretaria Estadual de Saúde desta terça-feira (28). Foram registrados 68 óbitos e 2.405 novos casos.

Do total de pessoas infectadas, 86% já estão recuperadas e 12% estão em acompanhamento, o que representa, respectivamente, 53.324 e 7.345 pacientes. A taxa de letalidade no RS é de 2,7%.