Escrito por: Redação CUT
O Brasil registra 14.523.807 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus - 77.266 deles em 24 horas
O Brasil ultrapassou nesta quinta-feira (29) mais de 400 mil mortes por Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. A marca foi alcançada 19 dias depois de o país contar 350 mil vítimas da pandemia e pouco mais de um ano após o primeiro óbito confirmado. Desde ontem às 20 horas foram registradas mais 1.678 vidas perdidas, totalizando 400.021 mortes em decorrência do novo coronavírus.
O Brasil é segundo país do mundo com maior número de óbitos em decorrência da doença, atrás apenas dos Estados Unidos, com mais de 500 mil mortes, segundo o levantamento da Universidade Johns Hopkins.
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a pandemia parece estar desacelerando um pouco neste momento, mas ainda continua em patamares críticos e com números elevados de mortes. Até por isso, os pesquisadores recomendam manter o distanciamento físico e social para que a doença não volte a ter um ritmo acelerado de transmissão.
Com transmissão descontrolada do vírus, o Brasil viveu o colapso de várias redes hospitalares, com morte de pacientes na fila por leito e falta de remédios para intubação. Governadores e prefeitos recorreram a restrições ao comércio e até ao lockdown para frear o vírus, mas muitos flexibilizaram as medidas antes da hora, com o número de casos e mortes ainda em alta.
Enquanto isso, Jair Bolsonaro (ex-PSL) continua como forte crítico das medidas de isolamento social, recomendadas por especialistas, alegando temer efeitos negativos na economia. Ignora que países que fizeram lockdown de até 40 dias, como Nova Zelândia, não só controlaram a pandemia como reaqueceram a economia.
Leia mais: Só lockdown pode salvar o Brasil da tragédia, afirmam especialistas
Esta semana, inclusive, foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) - CPI da Covid, para analisar os erros e omissões de Bolsonaro no combate à pandemia. Há pelo menos 23 motivos para responsabilizar o governo Bolsonaro.
A pandemia em números
Há 98 dias seguidos a média móvel de mortes está acima de mil no Brasil. O país completa 43 dias com média acima de 2 mil mortos por dia.
Em relação ao número de casos confirmados, desde o começo da pandemia 14.523.807 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus. Deste total, 77.266 foram confirmados entre terça e quarta. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 57.384 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de -15% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica o limite da tendência de estabilidade nos diagnósticos. Isso ocorre após 5 dias com tendência de queda.
Vacinação
O Ministério da Saúde começa a distribuir, a partir desta quinta-feira (29), um novo lote com 5,2 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 em todo o país. Ao todo, são 5,1 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e 104,8 mil doses da CoronaVac, do Instituto Butantan. Os dois imunizantes são produzidos no Brasil com matéria-prima importada.
Também nesta quinta-feira (29), chegará ao Brasil o primeiro lote com 1 milhão de doses da vacina da Pfizer. A remessa faz parte do acordo entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica fechado em março para a entrega de 100 milhões de doses de vacinas até o final do terceiro trimestre de 2021
No balanço da vacinação contra Covid-19 desta quarta-feira (28) aponta que 30.740.811 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados até as 20h. O número representa 14,52% da população brasileira.
A segunda dose já foi aplicada em 14.621.694 pessoas (6,61% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.
No total, 45.362.505 doses foram aplicadas em todo o país.