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Covid-19: Casos aumentam 120% em uma semana e autoridades recomendam uso de máscaras

Maioria dos internados em hospitais é formada por idosos, pessoas com comorbidades e as que não completaram esquema vacina. Confira como se prevenir

Publicado: 16 Novembro, 2022 - 12h52 | Última modificação: 16 Novembro, 2022 - 17h45

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

SILVIO AVILA-HCPA
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Com o aumento no número de casos de Covid-19, o Ministério da Saúde recomendou na segunda-feira (14) a volta do uso de máscaras, alerta que vinha sendo feito há dias por autoridades da área da saúde.

As novas subvariantes da variante Ômicron, a principal delas a BQ.1, vêm provocando aumento de internações e mortes em todo o mundo, especialmente de idosos e pessoas que não tomaram todas as doses da vacina contra a Covid-19.

Em uma semana, o Brasil registrou 120% de aumento no número de casos, que passou de 3,8 mil casos por dia para 8,5 mil. O número de mortes também subiu de uma média diária de 36 para 46,   aumento de 28%.

Nesta terça-feira (15), foram registradas 24 mortes em 24 horas em consequência de complicações causadas pela Covid-19, totalizando 688.770 desde o início da pandemia, em 2020. No mesmo período, foram registrados 2.582 novos casos, totalizando 34.963.985 desde 2020.

Idosos, pessoas com comorbidades ou que não completaram o esquema vacinal

A maioria dos hospitalizados é idosa, imunossuprimida (paciente transplantado, oncológico etc.,) ou está com a vacina atrasada – não tomou nenhuma dose ou estão pendentes as doses de reforço (3ª e 4ª), segundo médicos de São Paulo ouvidos pelo Estadão. Segundo eles, a baixa adesão ao reforço vacinal e a circulação de novas subvariantes da Ômicron estão entre os principais motivos para a volta da doença.

Cerca de 69 milhões de brasileiros ainda não tomaram a 3ª dose do imunizante, segundo balanço divulgado pelo ministro Marcelo Queiroga.

Nova vacina

Alguns países da Europa e os Estados Unidos começaram a aplicar uma versão mais atual da vacina contra Covid-19, produzida pela Pfizer, que é eficiente contra várias cepas de uma vez só: protegem, segundo a empresa, contra as versões BA.1, BA.4 e BA.5 da Ômicron.

Em outubro, a A Pfizer requisitou o uso emergencial da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na semana passada, o órgão federal informou que estão em fase final de análise pela área técnica, mas ainda não há data para a deliberação final.

Confira como se prevenir

Além de tomar todas as doses da vacina, os especialistas orientam a população a manter os cuidados com a higienização das mãos com água e sabão ou com álcool em gel.

Sobre o uso de máscaras, a orientação é para que todos evitem aglomerações e utilizem máscaras em ambientes fechados e sem circulação de ar, como em ônibus, Metrôs e trens, e também em casa caso algum paente teste positivo.

Já os idosos acima de 75 anos, pessoas que passaram por transplante de órgão recente, pessoas com doença de lúpus e imunossuprimidos devem usar máscaras sempre que forem entrar em contatos com pessoas fora do círculo familiar. 

Os infectados devem utilizar máscaras sempre que saírem de casa e/ou tiverem contato com outras pessoas, mesmo que seja da família.

Quais os principais sintomas da Covid-19 nessa nova onda?

Os sintomas da Covid-19 são similares aos da gripe e do resfriado comum. O paciente infectado pode ter coriza, dor de garganta, tosse, dor de cabeça, dor no corpo, cansaço e febre.

Esses sintomas podem ser combinados ou aparecerem sozinhos, a depender da gravidade do caso. Especialistas recomendam que as pessoas sintomáticas façam teste de Covid-19 para que possam tomar os cuidados corretos de isolamento e, se necessário, de tratamento.

Diagnosticado corretamente, o paciente tem mais chances de tratar a doença de forma a não evoluir para quadros clínicos graves. Além disso, ao aderir ao protocolo de uso de máscaras, ele não coloca outras pessoas em risco de contaminação.

Se possível, é recomendado fazer o teste laboratorial. Diferentemente dos autotestes de farmácia, eles notificam os resultados ao governo, colaborando para que o Ministério da Saúde e os cientistas monitorem o avanço da doença no País e, assim, tomem as medidas necessárias.

As vacinas já aplicadas protegem contra essa nova variante?

As vacinas contra Covid-19 já administradas (Pfizer, AstraZeneca, Coronavac etc.,) protegem contra a nova variante, mas o nível de eficácia é menor. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco de reinfecção (pegar covid-19 de novo) pode ser mais elevado com a BQ.1 e a XBB, que têm diferenças em relação à original.

Por isso, a vacina que foi desenvolvida com base em uma variante anterior não tem eficácia tão alta contra essa nova variante.

Mas, é importante tomar as doses de reforço da vacina da Covid-19 porque elas são preparadas com incrementos em relação às principais novas variantes em circulação.

É preciso tomar dose de reforço da vacina? Quantas?

Quem já tomou as duas doses imunizante ou a vacina de dose única já tem uma proteção mínima contra casos graves e hospitalizações em decorrência de infecção pelas novas variantes. No entanto, a recomendação é que sejam tomadas todas as doses de reforço disponíveis para potencializar essa proteção.