Covid: Alemanha cancela Natal, enquanto no Brasil e nos EUA mortes disparam de novo
Pelo segundo dia seguido, o Brasil registrou mais de 900 mortes por Covid-19 em 24 horas. Estados Unidos bateu nesta quinta (17) um recorde duplo desde o início da pandemia
Publicado: 17 Dezembro, 2020 - 12h19
Escrito por: Redação CUT
Enquanto o Brasil assiste o crescimento de casos e mortes pela Covid-19 com afrouxamento das medidas de prevenções, na maior economia da Europa, a Alemanha, o Natal foi cancelado com o objetivo de conter a pandemia do novo coronavírus. O anuncio foi visto como um exemplo por países vizinhos. França e Reino Unido decretaram mais medidas de restrição de circulação para conter a disseminação acelerada do vírus. E Estados Unidos batem recorde de mortes e novos casos confirmados.
Pelo segundo dia seguido, o Brasil registrou mais de 900 mortes por Covid-19 em 24 horas, segundo dados das secretarias estaduais de Saúde, divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa, que. Foram contabilizados 968 novos óbitos nas últimas 24 horas e 68.437 casos.
O Brasil registra 183.822 vidas perdidas para a Covid-19 e 7.042.695 pessoas contaminadas desde o início da pandemia.
Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel decidiu cancelar o Natal depois de o país registrar 952 mortes em 24 horas. Nesta quinta-feira (17), o país voltou a registrar mais um recorde de infecções da doença em apenas 24 horas e passou de 30.000 pela primeira vez desde o início da pandemia. Na primeira onda, com poucos casos e mortes, o país havia sido citado como exemplo de controle da pandemia a ser seguido.
Já os Estados Unidos, que fracassou no controle da pandemia com o negacionismo do presidente Donald Trump, bateram todos os recordes de mortes nas últimas 24 horas. Nesta quinta-feira (17), foram registrados 3.700 óbitos e 250 mil casos confirmados de Covid-19 em 24 horas, um recorde duplo desde o início da pandemia, de acordo com os dados oficiais da Universidade Johns Hopkins.
Os EUA registraram um impressionante crescimento no número de infecções no último mês, depois do feriado de Ação de Graças. Atualmente, cerca de 113 mil pessoas estão hospitalizadas por causa do vírus, de acordo com dados do Departamento de Saúde.
O aumento da doença fez a França também manter as restrições de movimentação porque os números de contágios continuam altos e podem piorar devido às celebrações de Natal e Ano Novo. Nesta quinta, o presidente da França, Emmanuel Macron, foi diagnosticado com a Covid-19, informou a Presidência da França em um comunicado.
O país francês registrou mais de 17 mil novos casos em 24 horas. No momento, um toque de recolher está em vigor na França das 20h às 6h. Restaurantes, bares, cinemas, museus e outros centros de lazer estão fechados desde o fim de outubro.
De acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins, a França registra mais de 2,4 milhões de casos de covid-19 e 59.472 óbitos.
No Reino Unido, uma das nações com o maior número de mortos pela doença na Europa, já são quase 65 mil óbitos. Desde o dia 2 de dezembro, quando terminou o período do segundo lockdown, as pessoas voltaram às ruas, por incentivo do próprio governo. Às vésperas do Natal, o comércio está aberto, assim como bares, pubs e restaurantes.
A partir desta quinta-feira (17), Londres e algumas regiões vizinhas estarão submetidas às restrições mais duras previstas até agora pelo governo britânico
Brasil
O país assiste a um novo aumento de casos, internações e mortes nas últimas semanas com menos medidas restritivas em vigor do que durante o pico da pandemia em junho e julho. Hospitais de diferentes estados têm notado alta na demanda por leitos, como no Rio de Janeiro.
A média móvel de óbitos por covid-19, que registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana, ficou em 684 nesta quarta-feira (16).
Por causa de uma nova falha no sistema do Ministério da Saúde, o estado de São Paulo não conseguiu processar os dados totais de casos e óbitos nesta quarta-feira e por isso eles não foram incluídos na totalização do consórcio. O Ministério da Saúde negou falha no sistema.
Na capital fluminense e o estado de São Paulo, novas medidas de restrição de circulação de pessoas foram adotadas na tentativa de frear a aceleração.
Como estão os estados?
A alta na média de mortes nesta terça foi registrada no Distrito Federal e em 17 estados: Acre, Amapá, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas. Completam a lista de alta: Sergipe, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul; todo o Sudeste e o Sul: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Temos cinco estados em estabilidade: Rondônia, Roraima, Tocantins, Santa Catarina, Piauí e Goiás.
Os estados com queda na média de mortes são dois: Amazonas e Maranhão.