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Covid: Casos e mortes aumentam em SP e Opas alerta para alta de 27,2% nas Américas

SP registra mais pessoas internadas em UTI e aumento de casos e óbitos. Farmácias alertam para alta de testes positivos no país. Opas diz que Covid-19 têm aumentado “constantemente” nas Américas 

Publicado: 19 Maio, 2022 - 12h55 | Última modificação: 19 Maio, 2022 - 19h18

Escrito por: Redação CUT

Silvio Avila/HCPA
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Após alguns meses em queda, com a maioria das pessoas dispensando o uso da máscara e outros cuidados para prevenir a contaminação, voltaram a subir em São Paulo as internações de pessoas contaminadas pela  Covid-19, inclusive em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Nas farmácias de todo o Brasil, o aumento no número de casos também é constatado pelo total de testes positivos de Covid-19 registrados nos primeiros 15 dias de maio, que já supera o total registrado em abril.

E a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) alertou nesta quarta-feira (18) que as novas infecções e mortes pela Covid-19 têm aumentado “constantemente” nas Américas nas últimas quatro semanas, segundo reportagem da RBA.

Em São Paulo, entre os dias 9 e 17 de maio, o número de pacientes em UTIs aumentou de 402 para 516. O número de óbitos também aumentou de uma média de 17 pessoas para 47 na semana passada. Já os doentes em enfermaria saltaram da média de 800 a 900, mantida há várias semanas, para 1.135 na mesma terça-feira (17), segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S Paulo.

No Brasil, levantamento da Associação Brasileira Redes Farmácias Drogaria (Abrafarma) mostra que foram registrados mais de 49 mil casos na primeira quinzena de maio, o que corresponde a 23,5% do total de exames feitos. Em abril, a participação dos positivos era de 12,2%, com quase 32 mil casos.

Os resultados positivos na primeira quinzena do mês superaram em 54% o total registrado em abril, mesmo com uma procura 20% inferior na mesma base de comparação, segundo a entidade.

Nos países das Américas, segundo a Opas, o número de casos da doença  subiu 27,2% na semana passada em relação à anterior. Os países da região registraram mais de 918 mil casos e 3,5 mil óbitos pela doença na semana finalizada no dia 14.

A alta de casos vem sendo puxada principalmente pelos Estados Unidos, que responderam por mais de 605 mil novas infecções, crescimento de 33%.

Todas as sub-regiões do continente, no entanto, tiveram alta de casos. A América Central teve o maior aumento percentual, com alta de 80%.

“A verdade é que esse vírus não vai desaparecer tão cedo. Após um período de menor transmissão, muitos países e governos locais estão abandonando o uso de máscaras e distanciamento social e reabriram as fronteiras”, afirmou a diretora da Opas, Carissa Etienne, em entrevista coletiva. “É hora de fazer um balanço desses números e agir”, acrescentou.

Por outro lado, Carissa alertou que apenas 14 dos 51 países da região atingiram a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) de vacinar 70% das populações com pelo menos duas doses – ou dose única – dos imunizantes. Ela também frisou que, em alguns países, o nível de testes aplicados vem caindo desde o início do ano.

Ômicron: reinfecções mais frequentes

Pesquisadores da Universidade Stellenbosch, na África do Sul, identificaram que a ômicron tem mais capacidade de causar reinfecções do que as variantes beta e delta. Eles analisarem cerca de 3 milhões de casos positivos da doença, desde o início da pandemia até agora. Desse modo, eles constataram aumento de casos de reinfecção, a partir de novembro, durante a última onda causada pela ômicron, a partir de novembro do ano passado.

Além disso, as reinfecções passaram a ocorrer em intervalos menores, de até 90 dias. Até mesmo as terceiras infecções aumentaram durante a onda ômicron. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Science nesta semana. Os pesquisadores atribuem esse aumento nas reinfecções à capacidade da ômicron de escapar da imunidade conferida por infecções anteriores.

Nesse sentido, uma das formas de impedir a reinfecção seria continuar com o uso de máscaras. Isso porque as vacinas evitam os casos graves de covid-19, reduzindo o risco de hospitalização, mas não impedem a infecção pelo vírus. No caso da ômicron, a dose de reforço é fundamental para evitar o agravamento da doença.

Balanço da Covid no Brasil

O Brasil registrou nesta quarta 103 mortes e 13.525 casos de Covid-19, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Ao todo, desde o início da pandemia, o Brasil tem 665.319 óbitos e cerca de 30,7 milhões de casos da doença confirmados oficialmente.