CPI da Covid aprova quebra de sigilos de Pazuello, Araújo e do gabinete paralelo
Além dos ministros e do pessoal do gabinete paralelo que orientava Bolsonaro sobre ações na pandemia, como compra de vacinas e uso da cloroquina, tem empresas de propaganda na lista
Publicado: 10 Junho, 2021 - 14h36 | Última modificação: 10 Junho, 2021 - 15h44
Escrito por: Redação CUT
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que apura ações e omissões do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) no combate à pandemia do novo coronavírus, aprovou nesta quinta-feira (10), 23 requerimentos de quebra de sigilos de pessoas e empresas.
Foram quebrados os sigilos do ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, do empresário Carlos Wizard (um dos consultores informais do governo), da coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fontana Fantinato, e do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Marques, apontado como autor de um estudo falso sobre a quantidade de óbitos por Covid-19. Veja restante da lista no final do texto.
Também foram aprovadas as transferências de sigilo bancário e fiscal das empresas PPR – Profissionais de Publicidade Reunidos; Calya/Y2 Propaganda e Marketing; e Artplan Comunicação.
Além do sigilo telefônico, que inclui o registro e a duração de todas as ligações feitas e recebidas conforme período delimitado pelos senadores, foi aprovada também a quebra do sigilo telemático, que inclui informações como cópias do conteúdo armazenado, lista de contatos, cópia de e-mails e localizações de acesso à conta.
Veja quem mais teve o sigilo quebrado
- Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República;
- Zoser Hardman, ex-assessor especial do Ministério da Saúde;
- Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos;
- Paolo Zanotto, biologista;
- Marcellus Campêlo, ex-secretário de Saúde do Amazonas;
- Luciano Dias Azevedo, médico;
- Hélio Angotti Neto, Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde;
- Francisco Ferreira Filho, Coordenador do Comitê da Crise do Amazonas;
- Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos;
- Flávio Werneck, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde;
- Antônio Elcio Franco Filho; ex-secretário Executivo do Ministério da Saúde;
- Camile Giaretta Sachetti, ex-diretora do departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde;
- Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde;
- Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde.
Foi aprovada também a quebra de sigilo da Associação Dignidade Médica de Pernambuco, que divulgou uma nota em que critica a uso de máscara e a vacinação, e defende o tratamento precoce, mesmo que cientistas tenham comprovado que não há eficácia.
Com informações da Agência Senado.