Inicialmente a proposta da Davati seria vender 400 milhões de vacinas da AstraZeneca contra a covid-19 por U$ 3,50, mas o preço acabou inflado para U$ 15,50, devido aos “bastidores asquerosos e tenebrosos” de Roberto Dias, segundo relato de Dominghetti na reportagem. A matéria da Folha de S.Paulo esclarece que chegou a Dominghetti devido a informação repassada por Cristiano Carvalho. Ainda segundo o jornal, o valor da propina chegaria a R$ 1 bilhão.
Dominghetti acabou se reunindo com Dias no ministério no dia seguinte ao encontro no Vasto, em 26 de fevereiro, quando, pelo relato do PM, a proposta de propina foi reiterada. Mas como não houve acerto, a pasta teria se desinteressado pelo negócio.
Mais um que pode ficar calado
Neta quarta-feira (14), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, atendeu parcialmente pedido de Cristiano Carvalho, e concedeu a ele o direito de ficar em silêncio em relação aos fatos que o incriminem perante a CPI.
A decisão de Fux contemplou também outros três convocados da CPI: o reverendo Amilton Gomes de Paula, fundador da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários; o tenente-coronel Marcelo Blanco, ex-assessor do Ministério da Saúde; e Túlio Belchior Mano da Silveira, representante da Precisa Medicamentos.
Nessas decisões, segundo informações do Estadão, Fux negou pedidos para que os convocados pela CPI não comparecessem ou se retirassem das sessões do colegiado, destacando ainda que os quatro têm o dever de depor e de dizer a verdade com relação a fatos de que tenham conhecimento na qualidade de testemunha.
Com informações da Agência Senado e Estadão