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CPI recebe arquivos que revelam ‘milícia digital’ de Eduardo Bolsonaro

Os documentos, que estavam em sigilo, foram levantados pela CPMI das Fake News e encaminhados ao Senado

Publicado: 08 Julho, 2021 - 12h22 | Última modificação: 08 Julho, 2021 - 12h29

Escrito por: Carta Capital

Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
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Documentos que mostram a ação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) nas redes sociais foram entregues na última semana à CPI da Covid.

Os arquivos tiveram o sigilo quebrado na CPMI das Fake News e revelam o funcionamento de uma espécie de ‘milícia digital’ usada pelo filho do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) para defender o governo e atacar adversários políticos. A informação é do site Poder360.

Nos arquivos entregues aos senadores é possível ver outros nomes ligados ao gabinete de Eduardo e de outro parlamentar do PTB de São Paulo, o deputado Douglas Garcia.

Todos são acusados de promoverem ataques a adversários em horário de expediente, usando estruturas e verbas públicas.

Confira a lista:

  • Eduardo Bolsonaro – deputado estadual e filho de Jair Bolsonaro
  • Eduardo Guimarães – assessor de Eduardo Bolsonaro
  • Alexandre Magno Conceição – assessor de Eduardo Bolsonaro
  • Eduardo dos Santos Martins – assessor de Douglas Garcia (PTB-SP)
  • Simara Pires Salomão – mulher de Edson Pires Salomão, assessor do deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP)
  • Rinaldo Escudeiro – militante bolsonarista
  • Lucas Ferreira da Silva – militante bolsonarista

Os documentos foram recolhidos em processo movido pelos deputados federais Joice Hasselmann (PSL-SP), Junior Bozzella (PSL-SP) e Julian Lemos (PSL-PB). Os três se dizem vítimas de ataques do grupo. As suspeitas são de que a mesma estrutura está sendo usada para espalhar notícias falsas e atacar a CPI no Senado.

A Comissão de Inquérito já avalia desde a semana passada investir contra divulgadores de notícias falsas durante a pandemia. Para isso, até o momento já quebrou o sigilo telefônico e telemático de sete nomes ligados ao presidente Jair Bolsonaro para apurar a existência de um ‘gabinete do ódio’.