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Cresce valor para saúde, cultura, educação básica e combate ao desmatamento

Novo texto divulgado pela Câmara Federal assegura pagamento do Bolsa Família de R$ 600 neste ano e programas como o Farmácia Popular

Publicado: 06 Janeiro, 2023 - 08h35 | Última modificação: 06 Janeiro, 2023 - 08h55

Escrito por: RBA | Editado por: Rosely Rocha

Flickr / Lula
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Após atualização, a Comissão Mista de Orçamento divulgou parecer final sobre o Orçamento 2023, que chega a R$ 5,202 trilhões, 3,4% a mais do que o original. As áreas da saúde, cultura, educação básica e combate ao desmatamento tiveram seus orçamentos revistos para cima, mas o maior crescimento em termos de percentuais foi para o Ministério do Desenvolvimento Regional, que cresceu 271,12%, com R$ 8,798 bilhões. O programa Moradia Digna aumentou mais de 100 vezes, atingindo quase R$ 10,5 bilhões.

Ainda em percentuais o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que foi desmembrado teve o segundo maior aumento, 140,77% em relação ao projeto original do Executivo, passando a R$ 789,5 milhões.

Além desses, o Ministério da Educação teve aumento de 7,85% no texto final, para aproximadamente quase R$ 159 bilhões. O da Saúde soma agora R$ 183,8 bilhões, alta de 12,85%.

 

Orçamento dos Ministérios, Congresso, STF e Justiça

Agência Câmara Agência Câmara

As tabelas foram corrigidas depois da aprovação da Emenda Constitucional (EC) 126, que se originou da chamada PEC da transição. De acordo com Agência Câmara de Notícias, o Executivo deve sancionar o projeto (PLN 32/22) com base na configuração do governo anterior, que previa 23 ministérios. Depois, internamente, será feita a divisão entre as atuais 37 pastas. A sanção deve ser feita até o dia 20.

É o texto que garante, após negociação, o pagamento do programa Bolsa Família no valor de R$ 600 ao longo deste ano. Também assegura recursos para programas como o Farmácia Popular e fixa o salário mínimo de 2023 em R$ 1.320.

Outros programas governamentais também tiveram reajustes em seus orçamentos. Confira: 

Agência Câmara Agência Câmara

Orçamento Secreto 

 

Também foi feito remanejamento de emendas individuais de deputados e senadores. Até a Emenda Constitucional (EC) 126, o valor era igual para todos (R$ 19,7 milhões). “Cada parlamentar podia apresentar até 25 emendas com esta soma, sendo que pelo menos a metade para a saúde”, diz a Agência Câmara.

Agora, os valores subiram devido ao fim das chamadas emendas de relator (“orçamento secreto”). Foi criado uma regra permanente. “A partir de agora, a cada ano, as emendas deverão corresponder a 2% da receita corrente líquida do ano anterior, sendo que 0,45% para a Câmara e 1,55% para o Senado. Como os senadores são 81 e os deputados, 513; os valores individuais ficaram em R$ 59 milhões e R$ 32,1 milhões, respectivamente.”

Assim que o Executivo sancionar o Orçamento 2023, deverá ser aberto um período para esse remanejamento de emendas. Pelas novas regras, o parlamentar pode criar emendas sem necessidade de cancelar outras. “E, principalmente, para fazer o remanejamento, não será necessário que o Executivo sinalize impedimentos técnicos para a execução das emendas já aprovadas”, diz ainda a Agência Câmara. “Todos os parlamentares poderão remanejar recursos, inclusive os não reeleitos.”