CSA convoca atos nos dias 7 e 8 em apoio as reivindicações do povo chileno
Na pauta apresentada pelo bloco sindical chileno tem itens como reajuste do salário mínimo, valor da aposentadoria de pelo menos um salário mínimo e uma cesta de serviços básicos (água, eletricidade, gás etc.)
Publicado: 04 Novembro, 2019 - 15h59 | Última modificação: 04 Novembro, 2019 - 16h04
Escrito por: Redação CUT
Em nota divulgada nesta segunda-feira (4), a Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA) convoca os afiliados nas Américas a realizar atos nos dias 7 e 8 de novembro em apoio a pauta de reivindicações do Bloco do Chile - União da Unidade Social.
Na nota, a CSA defende mais uma vez o direito do povo chileno protestar contra as políticas antipopulares que colocam as costas da classe trabalhadora todo o custo das reformas neoliberais que “perpetuam o privilégio de poucos diante da miseria da grande maioria”.
A política econômica do Chile “reproduz constantemente desigualdade, mercantilizando e privatizando todos os aspectos da vida na sociedade”, diz trecho da nota que ratifica o apoio da CSA à mobilização popular e de entidades sindicais como a CUT do Chile.
Há cerca de três semanas, o povo chileno começou uma série de protestos, a princípio contra o reajuste da tarifa do Metrô, mas mesmo depois que Sebastián Piñera voltou atrás e cancelou o aumento, os protestos continuaram contra as péssimas condições de vida provocadas pela privatização da Previdência e de serviços essenciais para a população, como água e luz.
A pauta do bloco sindical chileno
A crise no Chile não é "ordem pública", é uma crise de fratura social, expectativas e promessas quebradas, diz documento do bloco sindical do Chile.
O documento fala em “crise diante de um sistema econômico profundamente desigual” e diz que “a resposta do Estado não pode ser apenas controle social e segurança”. São necessárias respostas políticas que derrotem a lógica do neoliberalismo e da mercantilização.
O Chile não está em guerra, o Chile quer paz, mas uma paz verdadeira e duradoura só pode estar com justiça social e defender a democracia que nos custou muito para recuperar.
É por isso, que a pauta de reivindicações do bloco tem itens como o aumento do salário mínimo nacional, reconhecimento total da liberdade de associação e negociação coletiva, respeito ao direito de greve, valor da aposentadoria de pelo menos um salário mínimo; uma cesta de serviços básicos (água, eletricidade, gás, telefone, cabo, internet) e um sistema de transporte exclusivo, que considere estradas, rodovias, ônibus, metrô e trens. Confira aqui a íntegra da nota da CSA. Confira aqui a pauta do bloco sindical chileno.
Confira aqui a íntegra da nota da CSA.
Confira aqui a pauta do bloco sindical chileno.