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CSI lança em Nova Iorque campanha “Estamos com Lula”

Sindicalistas de 162 países mobilizados em solidariedade ao ex-presidente

Publicado: 20 Setembro, 2016 - 21h27 | Última modificação: 20 Setembro, 2016 - 21h37

Escrito por: SRI/CUT

Clair Ruppert
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O presidente da CSI, João Felicio, discursa ao lado da secretária-geral, Sharan Burrow

Antonio Lisboa, secretário de Relações Internacionais da CUT (à direita), ao lado das lideranças da CSIAntonio Lisboa, secretário de Relações Internacionais da CUT (à direita), ao lado das lideranças da CSIA Confederação Sindical Internacional (CSI) lançou nesta terça-feira, em Nova Iorque, a campanha “Estamos com Lula” (“Stand with Lula”), simultaneamente à abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Representando mais de 180 milhões de trabalhadores sindicalizados em 162 países, a CSI decidiu defender o ex-presidente das arbitrariedades judiciais de que vem sendo alvo pelos setores mais reacionários da sociedade brasileira.

Agradecendo “muito” a mobilização do conjunto do sindicalismo internacional, da central estadunidense AFL-CIO, dos movimentos sociais e ONGs representativas, o presidente da CSI, João Felicio, destacou que o “movimento da defesa de direitos e da democracia é o que dá à Confederação a expressividade que tem”.

“A coisa mais linda que o Lula fez foi inserir a população mais pobre e defender nossa soberania, projetando nosso país no cenário mundial. É raro um presidente sair do governo com 80% de ótimo e bom. E é pelo profundo preconceito da elite brasileira, da classe média alta, com a contribuição que deu para a construção da espetacular central que é a CUT e de um partido chamado PT, que eles querem cassar Lula”. “Não deixaremos o nosso companheiro ser condenado”, enfatizou o presidente da CSI. 

Ex-presidente Lula participou por vídeo-conferênciaEx-presidente Lula participou por vídeo-conferênciaJoão Felicio denunciou o golpe movido contra a presidenta Dilma Rousseff, que ao lado de Lula construiu um “projeto de ampliação do salário e do emprego decente” e alertou que “antes derrubavam governos com a força para implantar ditaduras e hoje fazem uma orquestração entre a imprensa, o judiciário e partidos sem voto que querem voltar ao poder sem passar por eleições”. Com Temer, condenou, o que está no governo é “uma visão totalmente diferente de Brasil do que vinha sendo implementado nos últimos 12 anos, um projeto que exclui o país do cenário político mundial, um projeto subordinado, que é o de uma elite econômica, não o nosso”.

Muita participação e aplauso: venceremos!Muita participação e aplauso: venceremos!“Este ato aqui em Nova Iorque é um passo decisivo na campanha que lançamos no final do ano passado. Como a imprensa e as estruturas do estado brasileiro atacam Lula, são cada vez mais importantes estas manifestações fora do país e elas só tendem a crescer. Estou indo para a Índia na semana que vem, para a África do Sul e a Europa no do mês de outubro. Vamos fortalecer esta campanha e quebrar o bloqueio no Brasil”, ressaltou o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa.

Segundo a secretária-geral da CSI, Sharan Burrow, o objetivo é defender o ex-presidente de abusos judiciais no Brasil e denunciar os “poderosos interesses” que tentam impedir sua livre atuação política.

Convidado a fazer uma saudação por teleconferência, o ex-presidente Lula agradeceu o empenho dos sindicalistas na campanha e condenou a tentativa de setores da imprensa e do judiciário de “amedrontar as pessoas”, com a prática “intimidatória de criminalizar pelas manchetes dos jornais”.