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CSI se solidariza com familiares das vítimas da Vale e exige apuração do crime

Em carta enviada à direção da CUT, sindicalistas falam em crime trabalhista, ambiental e social que precisa ser investigado e punido

Publicado: 07 Fevereiro, 2019 - 15h56 | Última modificação: 07 Fevereiro, 2019 - 16h05

Escrito por: Redação CUT

RICARDO STUCKERT
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A Confederação Sindical Internacional (CSI), que representa 175 milhões de trabalhadores e trabalhadoras de 155 países, enviou uma carta à direção da CUT se solidarizando com os trabalhadores e trabalhadoras, em especial com os familiares dos mortos, vítimas do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho.

Na carta, o presidente Ayuba Wabba e a Secretária-Geral da CSI, Sharan Burrow, expressam “solidariedade com a classe trabalhadora brasileira frente ao novo crime trabalhista, ambiental e social cometido pela transnacional Vale S/A”.

A maior tragédia trabalhista citada na carta tem um saldo, até agora, de 150 trabalhadores e trabalhadoras mortos e 182 desaparecidos.

A Barragem 1 do Córrego do Feijão da Vale rompeu no dia 25 de janeiro e  despejou uma avalanche de rejeitos de minério, em Brumadinho (MG), que deixou também mais de 103 moradores da região desabrigados. A estrutura que armazenava rejeitos das minas da região não era equipada com sirenes de alerta. Pior, tanto o refeitório quanto a área administrativa da mineradora ficavam em um terreno abaixo da barragem e foram totalmente destruídas.

Indignados com este descaso com os trabalhadores e trabalhadoras, os dirigentes da CSI reforçam na carta a necessidade de apuração do crime e dizem que “esperam que o caso seja investigado, que os responsáveis sejam punidos e que se adotem medidas urgentes para que um novo desastre jamais volte a ocorrer”. E encerram se colocando a disposição dos companheiros e companheiras “para apoiar o que o movimento sindical brasileiro julgue necessário”.