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Curitiba elege professora Carol, a primeira vereadora negra da cidade

Petista, feminista e militante da luta dos professores por melhores condições de trabalho e qualidade do ensino, Carol é a primeira negra a se eleger para qualquer cargo público em mais de 300 anos de Curitiba

Publicado: 16 Novembro, 2020 - 09h40 | Última modificação: 16 Novembro, 2020 - 13h10

Escrito por: Redação CUT

Reprodução/Facebook
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Carol Dartora, professora formada pela Universidade Federal do Paraná, negra, feminista e petista foi eleita vereadora em Curitiba neste domingo (15). Ela foi a terceira mais votada para a Câmara Municipal.

Historiadora, Carol já atuava como militante do movimento negro e do feminismo e, depois de entrar na Rede Pública do Paraná como professora, começou também a militar na APP-Sindicato, que representa os professores e trabalhadores de ensino do Estado. Hoje é diretora licenciada de Mulheres, Trabalhadoras e Direitos LGBTI, de acordo com reportagem do Plural.

Segundo a matéria, Carol teve mais de oito mil votos e se tornou a primeira negra a se eleger para qualquer cargo público em mais de 300 anos de Curitiba – nunca houve vereadoras ou deputadas negras na cidade. A seu lado, terá mais um militante do movimento negro, o também petista Renato Freitas.

Ao contrário de outros negros que chegaram à Câmara, Carol disse em entrevista por telefone ao Plural que pretende guiar seu mandato pela questão racial. E, claro, também por suas outras bandeiras, como os direitos das mulheres e a defesa da Educação Pública.

“Acho uma pena quando um negro se elege e não se diz representante da pauta racial. Eu não posso deixar de ver o mundo pelo que eu sou, uma mulher negra e trabalhadora”, afirma. Segundo ela, Curitiba tem de parar de tornar invisíveis seus negros. “Não podemos continuar com esse discurso de cidade europeia, há uma imensa população negra aqui”, diz ela.

O discurso da nova vereadora passa pelo acesso à cidade – ou seja: o acesso às políticas públicas, ao transporte, à educação, à cultura. E também pela crítica ao modelo de Rafael Greca (DEM), prefeito reeleito neste domingo (15).