Escrito por: CUT-AC
Com lançamento e debate do livro Latifúndio Midiota
"Nos recentes ataques a Gaza, aviões, mísseis e tanques de última geração mataram mais de 2.300 palestinos civis e deixaram mais de 10 mil feridos, expressiva parcela mutilada. Das mais de 600 crianças.assassinadas, muitas estavam brincando nas escolas e creches bombardeadas ou viraram alvo enquanto jogavam futebol na praia. Os israelenses agressores não pouparam nada, destruindo milhares de casas, Mesquitas, Igrejas e, hospitais, inviabilizando toda a infraestrutura do já debilitado território", denunciou o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa.
Como o silêncio cúmplice dos grandes conglomerados de comunicação tem sido historicamente uma poderosa arma dos opressores, o debate sobre a mídia ganha destaque. No evento, será lançado o livro “Latifúndio Midiota, crimes, crises e trapaças”, com a presença do autor, Leonardo Severo, assessor da CUT Nacional, jornalista pós-graduado em política internacional, que entrevistou o então presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat.
“Sadismo e covardia marcam agressão israelense aos territórios ocupados” é o nome de um dos capítulos da obra que, entre outros artigos e reportagens, relata a visita do autor à Palestina em 2000, quando acompanhou delegação da Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD), entidade consultiva da Organização das Nações Unidas (ONU). Neste trecho do livro, fotos e depoimentos denunciam como “os alvos mais comuns das balas de aço – israelenses - revestidas com borracha eram os olhos das crianças palestinas”, estampando a que ponto chegou a barbárie. “A violência utilizada por Israel é planificada. Não há limites. Os alvos podem ser as mulheres e crianças ou mesmo jornalistas que estão simplesmente trabalhando”, relatou o diretor da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Palestina, Mohammad Abu-Arthieh. Naqueles dias, 30% das vítimas eram crianças e 15% dos feridos haviam ficado aleijados permanentemente, com as tropas de ocupação respondendo às pedras dos manifestantes com armas de grosso calibre, tanques e helicópteros-bombardeiros.
Mais de dez anos depois, nas comemorações do 1º de Maio de 2011, a visita de solidariedade do então secretário de Relações Internacionais da CUT, João Antonio Felicio, atualmente presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), ganha destaque no capítulo “Apartheid de Israel é agressão aos palestinos e crime contra a Humanidade”. “Uma coisa é ouvir falar, a outra é presenciar a violência sem limites, a vergonha de um muro de centenas de quilômetros com que Israel reproduz, em pleno século 21, a política de apartheid contra os negros, adotada pela África do Sul no século passado”, condenou Felicio, que lidera uma ampla campanha internacional pela Palestina livre.
Para Emir Sader, que faz a apresentação do livro, “Latifúndio Midiota é uma verdadeira bula para ler e entender o que é dito na mídia”. “Sem contraindicações, indicado para os que mais precisam da verdade”, sublinhou.
“Que a indignação expressa em cada uma das linhas deste livro acenda os sinais de alerta para o veneno a que somos submetidos diariamente, e nos desintoxique”, enfatizou Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT e coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
O livro estará à venda pelo preço promocional de R$ 15,00.