Escrito por: Redação CUT
A partir de terça (9), sindicalistas vão instalar uma barraca no Terminal Urbano de Rio Branco para explicar para os trabalhadores os prejuízos que a reforma representa, diz presidenta da CUT-AC
O movimento sindical brasileiro continua mobilizando a sociedade em todo o país pela rejeição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 006/2019, que muda, para pior, as regras da aposentadoria e o pagamento de benefícios, como o PIS/PASEP, a pensão por morte e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A proposta de reforma, entregue por Jair Bolsonaro (PSL) ao Congresso Nacional, prevê o fim da aposentadoria por tempo de contribuição, a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres, aumenta o tempo de contribuição de 15 para 20 anos e reduz o valor dos benefícios e também o do BCP, entre outras perversidades.
Em Rio Branco, após um encontro ocorrido na manhã desta quinta-feira (4), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Acre (Sinteac), sindicalistas decidiram instalar uma barraca no Terminal Urbano de ônibus da capital acreana, na próxima terça-feira (9), para dar início a coleta de assinatura no abaixo-assinado que exige a rejeição da PEC. o projeto.
O abaixo-assinado lançado pela CUT Nacional e demais centrais sindicais, nesta quinta-feira (4), em São Paulo, será entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O prazo limite para o envio do abaixo-assinado será a segunda quinzena do mês de maio.
No encontro, a presidenta da CUT-AC, professora Rosana Nascimento, ressaltou que, além do abaixo assinado, os sindicalistas vão esclarecer à PEC para a população, mostrando os prejuízos que a reforma representa para trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.
Também ficou definido que cada sindicato discutirá com suas bases o projeto de reforma da Previdência proposto pelo governo Jair Bolsonaro, assim como se responsabilizará por colher mais assinatura ao abaixo assinado.
Rosana Nascimento disse que já protocolou ofícios na Câmara Municipal de Rio Branco e também na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (ALEAC) para que a pauta da reforma da Previdência seja discutida nos dois parlamentos com a presença dos trabalhadores.
Mudança
Além de implantar a obrigatoriedade de idade mínima e aumentar o tempo de contribuição, a reforma da Previdência de Bolsonaro muda o cálculo para pagamento do benefício reduzindo muito o valor que será pago, caso a PEC seja aprovada por deputados e senadores.
E não é apenas quem ainda não se aposentou que sairá prejudicado. As aposentadorias e pensões também serão afetadas, prejudicando os aposentados e pensionistas. Os reajustes serão desvinculados do salário mínimo, o que afetará o valor dos benefícios, e não será mais permitido acumular a aposentadoria e pensão.
E é justamente para garantir o direito à aposentadoria da atual e das futuras gerações que a CUT, demais centrais e movimentos ligados às frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo vão rodar o Brasil para colher assinaturas e esclarecer a população sobre a importância de barrar a reforma da Previdência, explica o Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre.
“Temos o desafio de combater a mentira espalhada pelo governo de que a reforma é necessária. Não é verdade. Essa reforma é para Bolosonaro e [Paulo] Guedes atenderem as cobranças do mercado financeiro”, alertou Sérgio.