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CUT-Acre celebra Dia de Solidariedade à Palestina

Lançamento do “Latifúndio Midiota” mobiliza contra apartheid de Israel

Publicado: 30 Novembro, 2014 - 19h22 | Última modificação: 30 Novembro, 2014 - 20h39

Escrito por: CUT-AC

Abrahim Farhat, organizador do evento, e Leonardo Severo: abaixo o apartheid de Israel!Abrahim Farhat, organizador do evento, e Leonardo Severo: abaixo o apartheid de Israel!Antecipando-se às comemorações do 29 de novembro, Dia Internacional da Solidariedade ao Povo Palestino, instituído pelas Nações Unidas, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Acre realizou na manhã de sexta-feira, 28, um debate com sindicalistas e militantes dos direitos humanos sobre o livro “Latifúndio Midiota: Crimes, Crises e Trapaças”.

“A vinda do companheiro Leonardo Severo, autor do livro e assessor da secretaria de Relações Internacionais da CUT, fortalece a nossa mobilização em solidariedade ao povo palestino, que vem sendo vítima de uma política de agressão criminosa por parte de Israel”, afirmou a presidenta da CUT Acre, Rosana Nascimento. Ao lado de dezenas de militantes de sindicatos como o das Domésticas, Professores, Servidores e Trabalhadores Rurais, a dirigente assinalou que a obra representa uma importante contribuição para uma reflexão sobre até onde chegam as práticas criminosas dos invasores. Para Rosana, “é hora de multiplicar as ações, pois é inadmissível que o governo israelense continue afrontando impunemente as decisões da ONU e o próprio direito internacional, enquanto massacra o povo palestino”.

Rosana Nascimento, presidenta da CUT-Acre: Rosana Nascimento, presidenta da CUT-Acre: “Sadismo e covardia marcam agressão israelense aos territórios ocupados” é o nome de um dos capítulos da obra que, entre outros artigos e reportagens, relata a visita do autor à Palestina em 2000, quando acompanhou delegação da Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD), entidade consultiva da Organização das Nações Unidas (ONU), e encontrou-se com Yasser Arafat. Neste trecho do livro, fotos e depoimentos denunciam como “os alvos mais comuns das balas de aço – israelenses - revestidas com borracha eram os olhos das crianças palestinas”, estampando a que ponto chegou a barbárie.

Sobre o papel daninho dos grandes conglomerados de comunicação contra a liberdade de expressão, Rosana Nascimento apontou que os sindicalistas continuam enfrentando inúmeras barreiras por representarem o mundo do trabalho contra os interesses do capital. “Por isso tem jornal e emissora que ainda não recebe sindicalista. Com a presença do Severo e as reflexões que o livro nos traz, colocamos também em evidência esta importante pauta da CUT, que é a democratização dos meios de comunicação”.

SOBREVIVENTE - No sábado, militantes dos movimentos sociais e dos direitos humanos voltaram a se reunir na livraria Nobel para lembrar a data com um coquetel de lançamento do livro. A atividade contou com a presença de Yusif Awni El Shawwa, um dos que sobreviveu em Gaza aos 51 dias de bombardeios das tropas de ocupação israelenses, Na oportunidade, foram mortos 2.150 palestinos, 600 deles crianças, sendo que cerca de 12 mil ficaram gravemente feridos. As vidas foram ceifadas em hospitais, escolas, creches e até mesmo na praia, enquanto adolescentes jogavam bola.

Para o veterano ativista Abrahim Farhat, que teve papel chave na organização dos eventos, “o Acre é um dos estados brasileiros que comemora esta data como forma de colaborar com a causa da justiça, que é uma causa do mundo em oposição à barbárie e ao crime praticados pelas tropas de ocupação israelenses”.