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CUT apoia campanha contra o apartheid israelense

Coordenadores da campanha Boicote, Desinvestimento e Sanção (BDS), iniciativa global de apoio ao povo palestino, discutiram com secretários da CUT os próximos passos da campanha

Publicado: 03 Agosto, 2018 - 12h54 | Última modificação: 08 Agosto, 2018 - 17h56

Escrito por: CUT Nacional

Roberto Parizotti/CUT
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Em reunião realizada na sede da CUT, nesta quinta-feira (2), membros da coordenação global da campanha Boicote, Desinvestimento e Sanção (BDS), entre eles o coordenador palestino, Jamal Juma, e dirigentes da Central discutiram os últimos passos da campanha no mundo e na América Latina e as últimas investidas do governo de Donald Trump contra o povo palestino.

Trump transferiu a embaixada em Israel de Tel-aviv para Jerusalém e sancionou a Lei da Identidade Nacional, recentemente ratificada pelo Knesset israelense, que exclui direitos da população árabe e aprofunda as características teocráticas do Estado de Israel e de segregação do povo palestino.

Para o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, essa lei é um absurdo porque oficializa o Estado de Israel como um Estado teocrático [país ou nação que possui um sistema de governo que se submete às normas de uma religião específica. As regras que gerem as ações políticas, jurídicas, de conduta moral e ética, além da força policial, são baseadas em doutrinas religiosas].

“A Lei da Identidade Nacional, na verdade, aparta os palestinos dos direitos sociais e humanos”, diz Lisboa.

O presidente da CSI, João Felício, reafirmou durante a reunião seu compromisso em defesa do povo palestino e se colocou a disposição dos coordenadores da campanha para continuar denunciando ao mundo o massacre que vem ocorrendo na região.

A campanha Boicote, Desinvestimento e Sanção (BDS) é uma iniciativa global de apoio ao povo palestino, de combate ao apartheid israelense, desrespeito aos direitos humanos  e à política de militarização promovida por Israel, com foco nos investimentos e nas empresas ligadas às ações militares. 

Os representantes da BDS apresentaram a atual estratégia da campanha  contra a HP, empresa que desenvolveu o software de registro e reconhecimento para Israel, que diferencia a população do país de acordo com suas origens.

O software é usado para tirar direitos e segregar a população não-judia, além de fornecer equipamentos e tecnologia para o exército de Israel promover o genocídio do povo palestino.

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Solidariedade a Lula

Durante a reunião, Jamal Juma fez questão de expressar, em nome do povo palestino, solidariedade ao povo brasileiro e ao ex-presidente Lula, mantido preso político desde o dia 7 de abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Ele questionou a prisão do presidente e criticou os seguidos ataques que ocorrem no país desde o golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff.

Além de Lisboa e João Felício, participaram da reunião o diretor Executivo da CUT, Júlio Turra, a secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT, Jandyra Uehara; Sahar Vardi, coordenadora do American Friends Service Committee (AFSC) e atuante em diversas organizações israelenses anti-militaristas; Eitay Mack, advogado israelense de direitos humanos com casos judiciais contra o Estado de Israel pela venda de armas a ditaduras latino-americanas; Alex Mdakane, ativista por direitos humanos, que atua junto a movimentos de solidariedade internacional e foi porta-voz da Semana Contra o Apartheid Israelense da África do Sul; Pedro Charbel, coordenador para a América Latina do programa BDS e Maren Mantovani, ativista do movimento BDS.