Escrito por: CUT Ceará

CUT-CE realiza Encontro Estadual da Mulher Trabalhadora 2015

Atividade ocorreu na sede da Central aliando-se à campanha “16 Dias de Ativismo"

Oliane Silva Pinto

Dezenas de mulheres estiveram reunidas na manhã desta quarta-feira (25/11), durante o  Encontro Estadual do Coletivo da Mulher Trabalhadora 2015 da CUT, na sede da Central, em Fortaleza. O encontro culminou na escolha da coordenação estadual do Coletivo para o quadriênio até 2019. Na oportunidade, houve debate sobre violência contra a mulher e sobre políticas públicas voltadas a ela. Antes do evento, houve uma blitz de conscientização, com participação de vários sindicatos filiados à CUT, no cruzamento das avenidas Aguanambi e Domingos Olímpio.

De acordo com a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-CE, Ozaneide de Paula, o encontro também serviu para apresentar proposta de formação a partir do curso promovido pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres. A ideia é empoderar as mulheres em todas as áreas, principalmente em se tratando da não-violência, direitos reprodutivos e políticas públicas. As atividades foram encerradas ao fim da tarde, no Centro, com caminhada unificada do Movimento de Mulheres, saindo da Praça da Bandeira com destino à Praça do Ferreira.

Violência e machismo

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem taxa de 4,8 assassinatos por 100 mil mulheres em 2013, o que coloca o Páis na 5ª posição internacional entre 83 países do mundo. Para a secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Martins, o Brasil ser o 5º lugar do mundo onde tem mulher morta em decorrência da violência é reflexo do machismo e do racismo dentro e fora dos locais de trabalho. “Nós, mulheres, enfrentamos o machismo nos locais de trabalho, na rua, nas redes sociais, no movimento sindical e até nas nossas casas”. O presidente da CUT-CE, Wil Pereira, reforçou a importância da Secretaria da Mulher Trabalhadora da Central e afirmou que a pasta é “essencial”, além de enfatizar a luta incessante da entidade contra qualquer tipo de violência direcionada à mulher.

16 dias de ativismo

Com início no dia 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e fim no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, a campanha dos 16 dias de ativismo no Brasil começou antecipado para o Dia Nacional da Consciência Negra, para enfatizar a dupla discriminação sofrida pela mulher negra. 

Em 1991, mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership - CWGL), iniciaram a Campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. Hoje, cerca de 150 países desenvolvem esta Campanha.