CUT e ADS promovem seminário “Economia Solidária na Luta de Classes, nesta quinta

A Secretaria de Relações do Trabalho da Central Única dos Trabalhadores e a Agência de Desenvolvimento Solidário (ADS), promovem o seminário “Economia Solidária na Luta de Classes: Por um Desenvolvimento Econômico a Partir do Projeto Político da Classe Trabalhadora”, de forma virtual nesta quinta-feira (28), a partir das 9 horas da manhã até às 13h30.

Segundo os organizadores do seminário, o tema da economia solidária vem ganhando cada vez mais relevo na atual conjuntura, colocando-a como uma política de caráter estratégico no âmbito das discussões em torno do desenvolvimento sustentável.

Um dos objetivos do evento, que terá a participação do presidente da CUT Nacional Sérgio Nobre e convidados de diversas entidades, é evidenciar o papel da economia solidária na luta de classes, enquanto concepção e prática, para a construção de um modelo contra-hegemônico de desenvolvimento.

A ideia é também instigar as estruturas da CUT, desde o nível nacional até suas ramificações locais, a assumirem a economia solidária como perspectiva que orienta a dimensão econômica do projeto político da classe trabalhadora, qualificando as diretrizes cutistas de diálogo e mobilização social em torno da pauta do trabalho, economia e desenvolvimento, inclusive nos debates e processos organizativos que ocorrerão no âmbito dos Comitês Populares de Luta.

“Em nosso entender a economia solidária pode cumprir um papel importante não só no terreno da geração de trabalho e renda, mas ainda pode cumprir um papel estratégico do ponto de vista de organizar vastos setores da classe trabalhadora que ainda encontram-se desorganizados”, avalia Ari Aloraldo do Nascimento, secretário das Relações de Trabalho da CUT Nacional.

Para os organizadores, longe de ser conflitante com a pauta histórica da luta sindical (que é o trabalho assalariado), a Economia Solidária, em seu próprio nascimento, se inscreve como a outra face dos processos de resistência da classe trabalhadora. Tais iniciativas, organizadas sob a forma de cooperativas populares, empresas autogestionárias, associações de pequenos produtores, grupos informais e redes de cooperação estão, hoje, presentes em diversos setores produtivos e econômicos tais como a agricultura familiar e agroecologia, a coleta e reciclagem de resíduos sólidos, instituições financeiras solidárias e comércio justo.

Programação

Horário: 9:00 – 13:30 (horário de Brasília).

Formato: integralmente virtual.

Participantes: CUT´s Estaduais, Ramos da CUT e convidados de entidades nacionais da economia solidária.

- Abertura: Sérgio Nobre (Presidente Nacional da CUT).

- Apresentação dos objetivos do Seminário:

Expositor: Coordenador Geral da ADS.

- Apontamentos sobre a política de economia solidária no Brasil – 2.003 – 2.022: avanços, limites e perspectivas.

Expositora: Helena Bonumá (Rede Guayi/Rede de Economia Solidária Feminista - Resf).

- Disputa política do modelo de desenvolvimento.

Expositor: Arthur Henrique Santos (Fundação Perseu Abramo).

- Concepções, instrumentos e estratégias da ecosol para a promoção do desenvolvimento sustentável; a urgência no combate à fome, a urgência na geração de trabalho e renda, a urgência na construção de moradias e outros desafios, e questiona quais as ações necessárias para enfrentarmos estes desafios e como nos organizarmos para tal.

Expositor: Francisco Dal Chiavon (Presidente da União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias - Unicopas).

- Cooperativismo de crédito e finanças solidárias: formas organizativas das finanças locais e seu papel no desenvolvimento territorial – limites e potencialidades.

Expositores: Gelson Ferrari (Cresol Gerações) e Marivaldo Valle (Rede Brasileira de Bancos Comunitários).

Encerram a programação:
- Almir Alves (ADS) e Ari Aloraldo do Nascimento (CUT).