CUT e centrais aumentam pressão para deputados votarem e aprovarem os R$ 600
É mentira que o Brasil não tem recursos para manter o auxilio de R$ 600. O valor está previsto no orçamento de guerra da União para enfrentar a pandemia, diz campanha que será veiculada em rádios esta semana
Publicado: 13 Outubro, 2020 - 09h45 | Última modificação: 13 Outubro, 2020 - 13h20
Escrito por: Redação CUT
A CUT e as centrais sindicais Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB aumentam ainda mais a pressão sobre a Câmara Federal pela votação e aprovação da manutenção do auxílio emergencial em R$ 600. A partir desta semana, começa a ser veiculada em emissoras de rádio comunitárias, web e parceiras chamadas para denunciar que reduzir o auxílio emergencial para R$ 300, como decidiu o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), é um crime contra o povo brasileiro.
A peça nas emissoras de rádio é mais uma ação da campanha unitária das centrais sindicais “600 Pelo Brasil – Coloca o Auxílio Emergencial pra votar, Maia”, lançada em 17 de setembro. O objetivo é ampliar a pressão sobre os parlamentares para votar, imediatamente, a Medida Provisória (MP) nº 1.000/2020, publicada no dia 3 de setembro pelo governo Bolsonaro. A MP prorroga o auxílio até dezembro, mas o reduz à metade, para R$ 300. O Fórum das Centrais Sindicais luta pela manutenção dos R$ 600 (R$ 1.200 para mães chefes de família).
A campanha tem também ferramentas virtuais para pressionar os deputados: o site NaPressão e o abaixo-assinado online.
Em ação presencial, os presidentes das centrais sindicais foram a Brasília, se reunir com líderes das bancadas, para defender e entregar documento que pede a votação imediata e aprovação dos R$ 600.
O auxílio emergencial no valor de R$ 600 é uma conquista das centrais sindicais, movimentos sociais e partidos. Hoje, mais de 65 milhões de brasileiros e brasileiras dependem exclusivamente desse valor para sobreviver. São trabalhadores e trabalhadoras que perderam os empregos ou ficaram impossibilitados de atuar desde que os governos tomaram medidas como isolamento social para conter a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), agravada no país pelo negacionismo e desgoverno de Bolsonaro.
Os R$ 600 fomentaram a atividade nas empresas e protegeram milhões de empregos levando a roda da economia a girar e impedindo que uma crise econômica ainda maior se instalasse no país até setembro. Os mais de R$ 320 bilhões mobilizados para financiar o auxílio já tiveram um impacto positivo na massa de rendimentos das famílias que, transformada em consumo, foi capaz de sustentar mais de 2% do PIB brasileiro em 2020.
As centrais sindicais lutam para garantir que o auxílio siga cumprindo esse papel e maior programa emergencial de transferência de renda. Com R$ 300, isso não será possível e o caos social ameaçará o país.
ALCANCE DO RÁDIO
78% da população nas 13 Regiões Metropolitanas do país são ouvintes de rádio, segundo estudo do Kantar Ibope Media, divulgado em setembro deste ano e já considerando o impacto da pandemia.
O levantamento mostra que o rádio atinge todos os públicos (classes sociais e faixas etárias) e teve um crescimento de 38% de na web em um ano. O rádio, conforme a pesquisa, é um meio que conversa com todas as faixas etárias, com 84% de alcance entre os ouvintes que estão com idades entre 35 e 49 anos, seguido de 82% entre 20/34, 80% na faixa 50/59, 71% para as faixas 10/19 e o mesmo percentual para público acima dos 60.
As rádios comunitárias são emissoras que pertencem a associações ou fundações. Representam um público de uma pequena cidade, comunidade, bairro ou vila. De acordo com dados da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc) e a Abraço Brasil, há 4,6 mil rádios comunitárias autorizadas a funcionar regularmente no país. Atuam como importante canal das comunidades, com função cultural e social e levam informação e entretenimento aos locais mais longínquos do país.
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