Escrito por: Redação CUT
A paralisação dos trabalhadores em 18 de março ainda está sendo discutida pelos sindicatos, mas os profissionais da educação já apontam para a greve contra retirada de direitos
A CUT, demais centrais sindicais e movimentos populares realizaram uma manifestação nesta terça-feira (28) em frente à sede da Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae) em protesto contra a situação da água no município e a tentativa de privatização da empresa.
Para os sindicalistas, a situação caótica da Cedae é resultado do projeto entreguista do governo Federal que sucateia para privatizar as empresas públicas.
Às 18h será realizada uma plenária no auditório da Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (CUT-RJ) – Av. Presidente Vargas, 502, 15º andar – para discutir os próximos passos e demais demandas dos sindicatos. O objetivo principal é a construção de uma greve geral no dia 18 de março.
A vice-presidente da CUT-RJ e diretora do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro (Sinpro-Rio) Maria Eduarda Quiroga, a Duda, explicou a estratégia dos grupos de representação dos trabalhadores, que abordam frentes diversas de mobilização.
“A ideia é construir um calendário unificado de luta. Na semana passada, realizamos uma atividade no INSS, dos aposentados, e hoje as atividades da Cedae. A ideia é que além dessas duas pautas que permanecem, se incorpore também a luta da educação, que está sinalizada para fevereiro e março, e as demais que estão aparecendo, além da luta pela cultura popular, que é o carnaval aqui no Rio de Janeiro. Será uma festa com muita luta”, indicou.
A concentração em torno dos problemas ocasionados pelo desmonte da companhia estadual de águas e esgoto vem sendo realizada há alguns dias. O temor das centrais sindicais é que a situação da má qualidade do efluente se prorrogue até o início do ano letivo nas escolas, programado para o mês de fevereiro.
“Nós, da Central Única dos Trabalhadores e da CTB, já na semana de 14 de janeiro estivemos no Ministério Público fazendo uma representação sobre essa questão da água porque todo mundo entende que ela é muito preocupante. Estamos em férias nas redes de educação, mas imagina as aulas voltando, como vai funcionar? As verbas das escolas já são poucas, como vão conseguir comprar galão de água? É uma preocupação se alastra”, observou Duda.
A realização da paralisação dos trabalhadores em 18 de março ainda está sendo discutida pelos sindicatos, mas os profissionais da educação já apontam para a greve. A intenção é que o movimento seja coletivo para impedir a retirada de direitos promovida pelo governo de Jair Bolsonaro.
“Ainda não é oficial. Há uma greve da educação com setores do serviço público, mas a tendência, até porque várias categorias estão entrando em greve, fazendo seu dia de luta, é que a gente consiga avançar para que em 18 de março tenhamos uma grande greve geral”, encerrou a dirigente do Sinpro-Rio.