CUT e movimentos manterão ato em São Paulo dia 24
Mobilização em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato continua
Publicado: 17 Janeiro, 2018 - 18h09 | Última modificação: 18 Janeiro, 2018 - 15h15
Escrito por: Vanessa Ramos, CUT-SP
A CUT manteve a decisão de realizar um ato em São Paulo no próximo dia 24, após reunião realizada nesta quarta-feira (17) com a Polícia Militar (PM) e grupos de direita. Nesse dia, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região vai julgar o recurso da defesa do ex-presidente Lula contra a condenação do juiz Sérgio Moro no caso do tríplex do Guarujá, que segundo a Justiça de Brasília pertence à empreiteira OAS.
As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem centenas de movimentos populares, como CUT, MTST, MST, UNE e CMP, farão um grande ato com artistas, intelectuais e militantes em defesa da democracia e de Lula ser candidato nas próximas eleições presidenciais. Para esses movimentos e personalidades, o processo contra Lula é político e tem o objetivo único de interferir no processo eleitoral.
A CUT protocolou pedido para a realização do evento no início deste mês, mas a PM afirma que o grupo Revoltados Online e MBL protocolaram dias antes.
Sem acordo na reunião sobre horário e local para que ambos pudessem se manifestar, a PM justificou preocupação com a segurança e informou que solicitará apoio ao Ministério Público de São Paulo para que nenhum ato ocorra na Avenida Paulista no dia 24.
O presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, garante que as mobilizações ocorrerão não apenas na capital, como em todo estado de São Paulo, assim como nas capitais e grandes cidades de todo o Brasil.
“Nos dispusemos a encontrar uma solução para que todos os grupos pudessem se manifestar, mas em diferentes horários, considerando a segurança e o direito de manifestação. Só que os grupos de direita se mostraram irredutíveis”, disse Douglas.
Segundo ele, nenhuma proposta apresentada foi aceita. Ou seja, não houve acordo. “Mas, independente das manobras da direita golpista, nosso ato e nossas mobilizações acontecerão", diz o dirigente.
“ Agora discutiremos com os mais de 100 movimentos que compõem as frentes os nossos próximos passos", conclui Douglas.