Escrito por: Andre Accarini
‘Solidariedade em tempos de pandemia’ é uma das pautas do 1º de Maio da CUT, que realiza ações em todo o Brasil para atender a quem tem fome. Confira ações solidárias que estão sendo realizadas em todo o país
A solidariedade, uma das pautas do 1º de Maio da CUT, que será debatida em live nesta segunda-feira (26), às 18h, nunca foi tão necessária no Brasil nesses tempos de pandemia e desgoverno de Jair Bolsonaro (ex-PSL), que não tem programa para aquecer a economia, nem políticas públicas bem planejadas e consistentes para atender a população mais pobre do país, as principais vítimas das consequências da pandemia do novo coronavírus.
E as ações de solidariedade realizadas com sucesso pelos sindicatos da CUT, e de todas as centrais, de todo o movimento sindical, sempre atentos às necessidades da classe trabalhadora, em especial a mais vulnerável, são essenciais e salvam vidas, afirma o presidente da CUT, Sérgio Nobre, ressaltando que as ações sindicais vão além do local de trabalho.
São os nossos trabalhadores e trabalhadoras nas bases que respondem à urgência exigida por quem tem fome. São nossos sindicatos que, no dia a dia, estão perto do povo, que atendem aqueles que mais necessitam de ajuda, como nessa pandemia- Sérgio Nobre
O presidente da CUT lembra que as ações solidárias, cidadãs, já são feitas há muito tempo pelos sindicatos e, agora, foram intensificadas na crise sanitária. “Mas nem todo mundo sabe ou vê”, reforça Sérgio Nobre.
No Brasil, ao mesmo tempo em que milhões de pessoas perderam o emprego e a renda durante a pandemia e viram a situação se complicar ainda mais por causa dos aumentos excessivos dos preços dos alimentos e do gás de cozinha, o governo Bolsonaro vem ignorando a trágica realidade dos brasileiros e brasileiras mais pobres.
Não há uma estratégia política de saúde e de economia que aponte para uma luz no fim do túnel para essas pessoas. A segunda fase do auxílio emergencial chega a menos famílias e o valor, irrisório, em muitas regiões do país, não compra nem metade de uma cesta básica. A maioria dos benefícios é de R$ 150 e R$ 250, enquanto o valor da cesta pode chegar a mais de 650 em alguns locais.
Além de lutar pelo auxilio emergencial de, no mínimo, R$ 600, como foi aprovado no ano passado, após luta da CUT e das centrais junto ao Congresso, a Central e movimento sociais têm intensificado as ações solidárias que visam socorrer quem mais precisa nessa hora.
“Os sindicatos vão de doação de alimentos, material de higiene até construir locais para população de rua beber água. São ações solidárias e fraternas, que fortalecem nossos sindicatos, fortalecem a CUT e todas as centrais sindicais. Porque solidariedade é um dos princípios sobre os quais se ergueu o sindicalismo”, afirma Sérgio Nobre.
Resolver a fome de quem precisa é pauta permanente da CUT e o tema ganha destaque nesta semana que antecede o 1° de Maio – Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora. Nesta segunda (26), será realizada live “Solidariedade em Tempos de Pandemia”, às 18h, para debater o tema.
Além de Sérgio Nobre e Carmen foro, Secretária-Geral da CUT, participam a professora Iêda Leal (CUT-Goiás/CNTE), Deyvid Bacelar (FUP), Jocelaine Bernardi (Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Marmeleiro) e Moisés Selerges (SMABC), dirigentes sindicais que se engajaram nas campanhas solidárias.
CUT - subsede ABC: coleta na carreata do 1° de Maio, na Av Portugal, em Mauá .
Alagoas
A CUT-AL realizou uma campanha de arrecadação de doações de cestas básicas e fará a distribuição na próxima sexta-feira (30), em parceira com movimentos sociais a famílias carentes da capital em Maceíó.
Ceará
CUT Ceará também está mobilizando entidades filiadas para arrecadação de cestas básicas e doações para serem distribuídas durante o mês de maio. A campanha será lançada oficialmente no dia 1° de Maio, ás 10h.
Goiás
No dia 1° de Maio, A CUT Goiás e Fórum Goiano Contra a Fome arrecadarão alimentos e doações, na sede administrativa do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (SINT-IFESgo), na Rua 227, n/ 1213, em Goiânia, das 8h às 13h
Minas Gerais
A campanha CUT Minas Solidária está entregando cestas básicas na periferia de belo Horizonte, No sábado (24), foram doadas 85 cestas básicas para moradores da Vila do Índio, na região de Venda Nova.
Doações também podem ser feitas por meio de conta bancária: ⠀
Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais
CNPJ: 60.563.731/0007-62
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 0086
Operação: 003
Conta Corrente: 4357-9
Paraná
Em Marmeleiro, na região sudoeste do estado, foram entregues ao longo da semana aproximadamente quatro toneladas de alimentos. A arrecadação foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da cidade em parceria com outras 18 entidades da sociedade civil e arrecadou 115 cestas básicas.
De acordo com a presidenta do sindicato, “a campanha continuará enquanto tiver gente sem alimento na mesa”.
Além de Marmeleiro, na região sudoeste do estado, outras ações pontuais estão sendo realizadas desde o início da pandemia, com o apoio da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf-PR).
Rio Grande do Norte
A CUT mantém a campanha "Vida, Pão, Vacina e Educação", junto com a Frente Brasil Popular, que arrecada alimentos junto à comunidade para distribuição às famílias carentes. No dia 1° de Maio a ação será intensificada em Natal.
O ponto de arrecadação será a sede da CUT, na Rua Apodi, 156, bairro Cidade Alta, ás terças e quintas, das 8h ao meio dia.
Também é possível fazer doações em dinheiro na conta abaixo:
Banco Brasil
Agência: 00361
C/C: 7890028
ou pelo PIX : 41286332400
Rio Grande do Sul
A CUT fechou um convênio com a Cooperativa de Crédito Rural Com Integração Solidária de Tenente Portela, que garante a doação de 40 cestas básicas mensais a famílias carentes da Região Metropolitana de Porto Alegre.
A ação é parte do projeto CUT na Comunidade, lançando em março de 2020 em parceria com várias entidades sindicais como o Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro-RS), Sindicato Intermunicipal dos Professores de Instituições Federais (Adufrgs Sindical), Sindicato dos Servidores Federais no Rio Grande do Sul (Sindiserf-RS), Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do RS (Semapi-RS), Sindicato dos Eletricitários do RS (Senergisul) e Sindicato dos Petroleiros do RS (Sindipetro-RS).
Somente no ano passado foram arrecadas mais de 150 toneladas de alimentos.
Rondonia
Em Porto Velho, a CUT em parceria com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), realizou a entrega de alimentos da agricultura familiar, sem agrotóxicos, para o projeto "É tempo de amar e servir" desenvolvido pela Paróquia Sagrada Família.
Santa Catarina
Ações também foram promovidas pela CUT e entidades parceiras no estado. No sábado, dia 17, o Drive Thru da ‘Solidariedade Popular’ em Joinville arrecadou três toneladas de alimentos.
A ação foi feita pelo Comitê Popular Solidário de Joinville contra o Coronavírus, do qual participam Sindicatos CUTistas, movimentos sociais e partidos políticos. Além de alimentos, também foram doados itens de higiene e de limpeza, máscaras e roupas.
De 12 a 16 de abril, em Chapecó aconteceu a arrecadação de alimentos, confecção e montagem das Cestas Básicas para doar para os migrantes haitianos, artistas de rua e moradores da periferia.
Na região Oeste de Santa Catarina, diversas ações de solidariedade foram realizadas pelo movimento sindical CUTistas, movimento social e a agricultura familiar no mês de abril.
Também em Santa Catarina, na cidade de Coronel Freitas, o Sindicato da Agricultura Familiar entregou alimentos ao Hospital Nossa Senhora da Saúde. Em Campo Erê foram arrecadados alimentos para distribuir a famílias em vulnerabilidade.
São Paulo
A CUT-SP e sindicatos filiados reforçam as campanhas de solidariedade nesta semana,com arrecadação de alimentos e doações em dinheiro:
CUT Campinas: a doação poderá ser feita na carreata no dia 1° de Maio ou via PIX até 10 de maio. A chave é 02436062811 no Banco do Brasil
Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Município de São Paulo: doações podem ser feitas na sede do sindicato: Rua Margarida, 298 - Barra Funda. Ou depósito em conta: Caixa Econômica Federal - Agência 3278 Operacional 003 Conta Corrente: 664-0 CNPJ: 62.700.794/0001-53
Sindicato dos Bancários do ABC: doações podem ser feitas na sede do sindicato: Rua Xavier de Toledo 268, centro de Santo André, das 10h às 17h. Mais informações: 11 99798-4732 ou WhatsApp 11 99798-4732
Químicos do ABC: doações podem ser feitas na sede do sindicato: Rua Senador Fláquer, 813 – Centro - Santo André, nas terças e quartas-feiras, das 10h às 16h.
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC: um drive-thru solidário está sendo realizado nas regionais do sindicato. Trabalhadores podem doar nas sedes ou nas regionais.
CUT Araçatuba: doações podem ser feitas na subsede: Rua fundador Vicente Branco - 45 - Bairro São Joaquim. Mais informações no 18-997253386 (Fernando) ou 18 996097973 (Cleide)
Bancários SP: Campanha Bancari@ Solidari@. As doaçoes podem ser feitas na quadra dos bancários (Rua Tabatinguera, 192, Sé), ou nas contas da Rede Ruas. Associação Rede Rua – CNPJ: 03.221.537/0001-70. Banco do Brasil - Agência: 303-4 - Conta Corrente: 43985-1
Bancários: A Campanha Sindicato Solidário da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT) está sendo reforçada a partir deste mês.
Tanto a confederação, como as federações e sindicatos estão incrementando ações para fazer da campanha um ponto de apoio às entidades sociais engajadas na assistência à parcela mais carente da população.
Pelo hot site da Campanha Sindicato Solidário também é possível praticar solidariedade fazendo doações.
Petroleiros: Organizados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), os sindicatos de petroleiros já organizaram diversas ações solidárias como distribuição de cestas básicas e subsídios para compra de botijões de gás mais baratos. A FUP entende que a política de preços praticada pela Petrobras, que acompanha a variação do dólar e do mercado internacional, penaliza trabalhadores, em especial.
Além das dificuldades em comprar alimentos, o preço do gás, por volta de R$ 100,00 na maioria das cidades brasileiras, dificulta ainda mais a vida dos mais pobres.
A Central de Movimentos Populares (CMP) e diversos movimentos populares urbanos de todo o país mantém a campanha Movimentos Contra a Covid-19 com pontos de recebimento e distribuição de alimentos, produtos de limpeza e higiene que são doados à população das favelas, ocupações e periferias.
O Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) também encontrou na solidariedade uma forma de lutar contra os impactos sociais da Covid-19.
O que começou no ano passado com duas iniciativas locais de distribuição de alimentação às pessoas em situação de rua no Maranhão e em Pernambuco tem agora pontos de ações em outros 17 estados diferentes, com doações de alimentos, leite e o programa Marmita Solidária.
O Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras sem Teto (MTST), também arregaçou as mangas para auxiliar quem precisa.
O movimento inaugurou cozinhas comunitárias em vários estados brasileiros e no Distrito Federal para servir ao menos uma refeição por dia, gratuitamente, para a comunidade de cada local, nas periferias. A inciativa conta com apoio de personalidades como as chefs Paola Carosella e Bel Coelho.
Guilherme Boulos, líder do movimento lamenta que quem tem fome não possa contar com o governo. Em entrevista à Rede Brasil Atual, Boulos criticou Bolsonaro por ter suspendido o auxílio emergencial de R$ 600 em dezembro. “Querem voltar pagando R$ 250 e para um número bem menor, é pouco, muito pouco. Ainda mais com a comida e o gás no preço que estão”, ele disse.
Um vídeo que circula pelas redes sociais, produzido pelo Movimento Negro Unificado (MNU), também conta com a participação de personalidades como Patrícia Pilar, Chico Buarque, Zélia Duncan, Gilberto Gil, Marcos Palmeira, Seo Jorge, além do Padre Julio Lancelotti.
A campanha ‘Tem Gente Com Fome” visa arrecadar fundos por meio da colaboração da sociedade. As doações podem ser feitas pelo próprio site e vão de R$ 10 a R$ 5.000. Até o momento, já foram doados R$ 9,6 milhões.
*Edição: Marize Muniz
Colaboração: Priscila Baade (CUT-SC) / Gibran Mendes (CUT-PR) / Tarcisio Aquino (CUT-CE) / Assessoria CUT -RO / Ademir Vierdercker (CUT-RS)