Escrito por: Redação CUT
Ajude o povo acreano doando recursos pelo menos para a compra de água potável, pedem a CUT Nacional e a CUT Acre. Confira na reportagem como e onde doar
Uma campanha de solidariedade foi rapidamente construída pela direção da CUT nos últimos dias para ajudar o povo acreano. Além do colapso na saúde, por causa da pandemia do novo coronavírus, e um surto de dengue, a população enfrenta uma situação dramática com o transbordamento do Rio Acre, em Rio Branco, após fortes chuvas que deixaram milhares de pessoas desabrigadas.
O objetivo da campanha, segundo Ariovaldo Camargo, secretário de Administração e Finanças da CUT, é buscar ajuda dos movimentos sindical e sociais para que seja garantido pelo menos um direito básico para a população acreana, que é a água potável. De acordo com a Defesa Civil, a estimativa é a de que 127.331 pessoas foram atingidas pelas inundações.
“Nós estamos no processo de buscar ajuda do movimento sindical, do movimento social, ou seja, de todos aqueles e aquelas que puderem fazer uma contribuição para que possamos adquirir água para população dessa região”, disse o secretário.
Como ajudar?
A campanha da CUT, O Acre Precisa da Sua Ajuda #SOSAcre, realizada junto com a CUT Acre, está arrecadando doações em dinheiro - por meio do PIX, pelo e-mail campanhas@cut.org.br - que serão direcionadas para ações organizadas de solidariedade no Acre.
A ajuda também pode ser feita via transferência bancária ou depósito na conta abaixo:
Banco do Brasil
Conta /Corrente: 8024-1
Agência: 3344-8
CNPJ: 60.563.73100001-77
Veja como está a situação no Acre
Cerca de 10 das 22 cidades do Estado foram afetadas pelas enchentes, incluindo a capital, Rio Branco. As cheias dos rios começaram no dia 5 de fevereiro com o transbordamento de igarapés. Na capital Rio Branco, 40 bairros foram atingidos, afetando 14 mil pessoas, cerca de 3 mil famílias.
Apesar do nível do rio começar a baixar, além dos prejuízos materiais, a população precisa de ajuda com comida, água potável e atendimento médicos já que as enchentes podem causar uma série de danos à saúde. Outro problema que os bairros atingidos enfrentam é o acúmulo de lamas e muito mau cheiro.
“Provavelmente vai demorar muito para que a água potável volte a ser uma realidade para eles. [Essa] é uma campanha de solidariedade ativa em busca do envolvimento daqueles que possam se tocar e atender a essa urgência da realidade do Rio Branco e de outras cidades do Acre, além da Covid-19 que é mais um drama”, ressalta Ariovaldo.
A cheia nos municípios
A cheia do Rio Acre chegou à cota de 15,80 metros de altura, segundo dados da Coordenação da Defesa Civil Municipal de Rio Branco. Apesar dos danos serem inúmeros, o órgão estima que nos próximos dias a cheia irá superar 16 metros afetando um número ainda maior de famílias.
Na segunda maior cidade do estado, Cruzeiro do Sul, o rio Juruá atingiu em 2021 o maior nível histórico, com 14,36 metros, impactando 33 mil dos seus 89 mil habitantes.
A situação é crítica também no município de Boca do Acre, a 1.557 km de Manaus, por conta das cheias dos rios Acre e Purus que banham a cidade. De acordo com a Defesa Civil da cidade, a régua aponta que o nível dos rios está 60 centímetros acima da cota de transbordamento total, chegando a 20,60 metros.