CUT mostra a relator que reforma da Previdência pune os mais pobres
CUT e demais centrais sindicais mostraram ao relator da reforma da Previdência que os pobres serão os mais prejudicados. Samuel Moreira prometeu mudanças em seu relatório porque proposta do governo não passa
Publicado: 21 Maio, 2019 - 17h56 | Última modificação: 21 Maio, 2019 - 18h07
Escrito por: Redação CUT
A CUT e mais cinco centrais sindicais estiveram reunidas nesta tarde de terça-feira (21), com o relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB), em Brasília, para levar as reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras, contrários à Proposta de Emenda à Constituição (PEC nº006), apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).
As centrais apontaram diversos problemas na reforma, que acaba tirando direitos dos mais pobres, como o fim do pagamento do PIS para quem ganha mais de um salário mínimo (se for aprovada pelo Congresso Nacional, mais de 21 milhões de pessoas deixarão de receber o PIS); as mudanças na aposentadoria rural, no Benefício de Prestação Continuada (BPC) , na mudança para o regime de capitalização e na imposição de idade mínima para a aposentadoria, de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres, entre outros itens.
Segundo o secretário Nacional de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle, o deputado Samuel Moreira, disse que seu relatório trará mudanças na proposta do governo, pois como está, a reforma da Previdência não passa. Moreira, no entanto, não especificou quais as mudanças que fará em seu relatório.
“O deputado disse apenas que pretende proteger os que ganham menos e mudar o regime de transição, mas não falou como. Por enquanto, o relatório ainda é uma incógnita”, conta.
O secretário da CUT lembrou ao relator da PEC 006, que as centrais são contrárias à reforma da Previdência, e que os sindicatos estão lutando nas ruas com campanhas, coletando assinaturas e que farão uma greve geral no próximo dia 14 de junho.
“Nós também mostramos ao deputado que há outras formas de arrecadação mais justa que pode ser conseguida com uma reforma Tributária e,que não é possível penalizar os mais pobres”, contou Valeir.
Segundo o dirigente da CUT, embora o relator da reforma da Previdência não tenha especificado quais os pontos de seu relatório que pretende alterar, a reunião revelou, que “se aumentarmos a pressão temos condições impedir esta atrocidade contra o povo brasileiro”.