Cerimônia contou com a presença de dirigentes sindicais, políticos e representantes de movimentos populares
Em um auditório lotado em uma sessão solene especial, mais de 130 pessoas presentes de diversos movimentos, rememoram sonhos, reavivaram a força da história da luta sindical, ao celebrar os 40 anos da CUT, na tarde de segunda-feira (13), no auditório João Batista, na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, em Belém.
Desde as primeiras articulações construídas por muitas mãos, por cada companheiro e companheira lá se foram quatro décadas de resistências da maior central sindical do Brasil e da América Latina, e que representa mais de 3 mil entidades, com mais de 25 milhões de trabalhadores.
A união de forças, dedicação e sacrifícios de mulheres e homens forjaram nossa caminhada vitoriosa. Desde a fundação, na luta contra a ditadura, pela redemocratização do país, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, unidos por objetivos comuns da classe trabalhadora, os direitos sociais, igualdade de gênero, acesso ao serviço público de qualidade, pelos povos da floresta, luta pela terra e pela reforma agrária.
Desde 1983, ano de nascimento da CUT, encampando a campanha das “Diretas já” foi determinante e inegociável para a central seus valores, uma central de massa, classista, democrática, autônoma e com participação popular, criando uma organização vertical e horizontal, inédita no mundo sindical, como também a organização em categorias, ramos e setores ligados ao mundo do trabalho, bem como as divisões por estados e regiões.
As enormes distâncias e desafios, também marcaram essa trajetória, inclusive a perda de companheiros a caminho do 2° Congresso Nacional, faz com que o companheiro Avelino Ganzer, vice-presidente nacional, à época solicitasse o rateio solidário, que foi aprovado, para possibilitar que trabalhadores do Brasil inteiro pudessem se deslocar com maior segurança para as plenárias nacionais e participar dos espaços de decisão.
Outro destaque importante, nesta mesma década é criada a comissão que organiza a fundação da Secretaria de Mulheres da CUT, que contou com a importante contribuição da professora Venize Rodrigues, representando o Pará e a classe trabalhadora urbana na Comissão Nacional Pró-CUT. Ambos foram homenageados durante a cerimônia, assim como todos os ex-presidentes da CUT-PA receberam placas e certificados pelo reconhecimento de trabalho.
Hoje a luta permanece e avança, mobilizando e se organizando pela permanência dos direitos nossos direitos, paras conquistas de novos, como os de trabalhadores e trabalhadoras de aplicativos, a reforma tributária, em defesa das questões ambientais, como é o direito a água e foi uma pauta trazida pelo Sindicato dos Urbanitários e encampada por toda Central e por isso, dizemos “não à privatização da Cosampa”, por empregos dignos, de qualidade, com responsabilidade pela saúde da classe trabalhadora e uma vida digna.
A sessão especial de 40 anos da CUT, foi solicitada e presidida pela deputada Maria do Carmo (PT), e aprovada por unanimidade entre os deputados estaduais. O evento contou com presença de parlamentares e dirigentes sindicais, como a presidente da Fetagri. Pa, Angela de Jesus; o deputado Carlos Bordalo, a atual presidente da CUT PA, Euci Ana; o superintendente da Sudam, Paulo Rocha, Senador Beto Faro, entre outras lideranças.
“Aqui desse púlpito, me emociono muito. E ouvir tanta gente me arrepia. Me arrepia saber que daqui, desse solo paraense tem muita história do Brasil que nasceu daqui” disse a presidenta eleita da CUT PA, Vera Paoloni, durante sua fala. Vera também aproveitou para convidar os presentes e a todos e todas que assistiam a sessão transmitida ao vivo pela TV ALEPA, para a posse da nova direção executiva estadual que está marcada para o dia 21 de novembro, a partir das 15h, na sede do Sindicato dos Bancários, no Reduto, em Belém.
