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Na ONU, CUT cobra fim da ocupação do Haiti

Delegação com dirigentes da Central e lideranças estrangeiras entrega carta de repúdio

Publicado: 04 Agosto, 2017 - 17h56 | Última modificação: 23 Março, 2018 - 21h14

Escrito por: Secretaria de Relações Internacionais da CUT

Divulgação
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No dia 20 de julho, uma delegação internacional se apresentou na sede das Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, atendendo ao chamado lançado em fevereiro último por organizações políticas, sindicais, populares, democráticas do Haiti, que lutam pela soberania do país, pela imediata retirada da Minustah e de toda forma de ocupação.


A delegação foi recebida pelo Subsecretário Geral das Operações de Manutenção da Paz, Ghassim Wane, e pelo assessor do Departamento de Operação de Paz, William Gardner.

Da esquerda para a direita, Antonio Lisboa , Secretário de Relações Internacionais da CUT, vereadora de São Paulo Juliana Cardoso, Ray Laforest (KOD – Coordenation Dessalines-USA), Sabine Guerrier (Haitian Heritage & Friends of Haiti (HHFoH); Founder/President -Haiti), Ronald André (Jornalista Radio Solidarite-Haiti), Patricia Pioche (União Geral dos Trabalhadores da Guadalupe), JC. Moïse (ex –senador, Partido P'tit Dessalines-Haiti), Barbara Corrales (Comitê Defender o Haiti é Defender a Nós Mesmos-São Paulo), Victor Fabert (Aliança dos Trabalhadore e Povos do Caribe-Guadalupe) e Kim Ives (jornal Haiti Liberté-USA)Da esquerda para a direita, Antonio Lisboa , Secretário de Relações Internacionais da CUT, vereadora de São Paulo Juliana Cardoso, Ray Laforest (KOD – Coordenation Dessalines-USA), Sabine Guerrier (Haitian Heritage & Friends of Haiti (HHFoH); Founder/President -Haiti), Ronald André (Jornalista Radio Solidarite-Haiti), Patricia Pioche (União Geral dos Trabalhadores da Guadalupe), JC. Moïse (ex –senador, Partido P'tit Dessalines-Haiti), Barbara Corrales (Comitê Defender o Haiti é Defender a Nós Mesmos-São Paulo), Victor Fabert (Aliança dos Trabalhadore e Povos do Caribe-Guadalupe) e Kim Ives (jornal Haiti Liberté-USA)
As intervenções da delegação basearam-se no  mandato estabelecido numa carta dirigida ao Secretário Geral da ONU exigindo "a retirada de todas as formas de ocupação e ingerência da ONU sobre o solo haitiano e a indenização de todas as vítimas, em particular as vítimas do cólera".

A comissão denunciou ainda crimes políticos ocorridos no Haiti, em particular os assassinatos e ameaças contra militantes do movimento Moleghaf, denunciados internacionalmente, entre outras organizações, pelo Escritório de Advogados Internacionais (do Haiti) e pela Confederação dos Trabalhadores do Setor Público e Privado (CTSP).

Em relação a esses crimes, a vereadora paulistana Juliana Cardoso (PT) apresentou uma carta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados do Brasil à sua homóloga haitiana, a Comissão de Justiça, Direitos Humanos e da Segurança pública.

Também foi destacada a repressão que se abate sobre os operários das empresas têxteis das zonas francas do Haiti, nas quais os direitos sindicais são pisoteados, com a demissão recente de toda a direção de um sindicatoa. Uma campanha internacional está engajada para exigir o fim da repressão e a imediata reintegração desses sindicalistas.


O ex-senador Moïse Jean Charles apresentou um documento que descreve a implicação da Minustah em fraudes eleitorais.


Em sua resposta, ainda que defendendo a Minustah e a próxima missão da ONU (prevista para outubro), o representante do secretário geral, Sr. Wane, disse que ele "prestaria contas a quem de direito" de todas as informações e documentos apresentados pela delegação.


Perguntado pela delegação se haveria uma resposta do Secretário Geral, ele respondeu que "os documentos lhe serão entregues e se ele considerar que deve responder certos aspectos, sob uma ou outra forma, será ele quem decidirá".