Escrito por: CUT-PI - Socorro Silva

CUT-PI e FETAG/PI debatem Previdência com rurais

Encontro apontou à categoria importância de pressionar parlamentares

CUT-PI


CUT-PI e FETAG/PI realizaram debates com trabalhadores rurais para discutir os possíveis danos que podem ser causados, caso o projeto da reforma da Previdência seja aprovado. A Central é contrária à proposta do ilegítimo Michel Temer (PMDB) e apontará, inclusive, os prejuízos que a medida traz para a economia dos municípios. 

Durante as assembleias, os trabalhadores e as trabalhadoras estão sendo convocados para a Greve Geral e discutem as estratégias para abordagem aos parlamentares federais do Piauí para que votem contra o projeto. Uma audiência pública e uma assembleia aconteceram no dia 25 de fevereiro, em Esperantina e Madeiro/PI.

Presidente da CUT-PI, Paulo Bezerra, apontou a importância desses encontros. "A CUT-PI está em parceria com a FETAG-PI junto aos sindicatos rurais realizando assembleias porque não podemos de forma alguma aceitar que esse projeto entre em pauta. Não podemos permitir que tudo que conquistamos caia por terra, não permitiremos que sejam retirados os direitos dos trabalhadores. Cbe a nós fazer o enfrentamento contra tudo o que ferir a classe trabalhadora, pois esse é o papel da Central. Temos que somar junto aos movimentos sociais, junto aos sindicatos e conscientizar a sociedade de que o momento é grave e que não iremos descansar enquanto não derrubar esse governo ilegítimo que seleciona a quem quer beneficiar”, apontou. 

Ele apontou ainda que o país vive um momento difícil em que a oferta dos serviços públicos tende a minimizar com a agenda neoliberal patrocinada pelo atual presidente da República e parlamentares da base do governo tanto no Congresso Nacional como no Senado. Todos alinhados em forma de tripé para que tudo que foi galgado nos últimos 14 anos seja derrubado durante meses de gestão, nunca se viu na história, tanta maldade junta para a classe trabalhadora.

No entanto, ressaltou, os deputados e senadores que não pensam no bem coletivo e fazem discurso falso e com radicalismo e, sem abrir mão de suas aposentadorias, propõem um modelo para acabar com a expectativa de qualquer trabalhador.

"Que Reforma é essa que vai prejudicar os trabalhadores e justamente aqueles que produzem e promovem o desenvolvimento do nosso país? Temos a clareza de que não é Reforma e sim anulação dos direitos da sociedade alcançados às duras penas, na luta cotidiana das ruas, dos Sindicatos, da CUT, das mobilizações integradas com os movimentos sociais. A PEC 287/16 vai interferir na vida da família, vai exterminar o futuro das pessoas no sentido de aposentadoria, altera os Artigos da CF de 1988: 37, 40, 149, 167, 195, 201, 203. transformará o Brasil num dos piores países do mundo se aprovada", criticou.

Entre os pontos de retrocesso presentes na proposta de Temer estão o aumento da idade para 65 anos sem distinção de gênero, fim da aposentadoria por tempo de contribuição, para receber 100% da aposentadoria vai ter que contribuir 49 anos, proibição de acumulação de pensões e aposentadorias, fim do regime de contribuição do trabalhador rural com base na produção comercializada, aumento para 70 anos de idade para gozo do benefício assistencial do idoso, nova regra de transição para os servidores, fim da paridade e da integralidade e aumento da idade para aposentadoria compulsória.

O que observa-se é um conjunto de maldades nesta proposta que cabe a nós trabalhadores de todo o País, a união, ações articuladas, greve geral já proposta para dia 15 de março, não desistir nunca de lutar. A resistência é o carro chefe da nossa luta.