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CUT recebe alunos da Universidade Global do Trabalho

Um dos principais objetivos é trocar experiências sindicais na prática

Publicado: 10 Abril, 2017 - 18h22 | Última modificação: 10 Abril, 2017 - 18h31

Escrito por: Érica Aragão

Érica Aragão
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Terminou na ultima sexta-feira (07) o seminário “Introdução à história do sindicalismo brasileiro e conjuntura política- sindical” organizado pela CUT e FES (Friederich Ebert Stiftung).

A atividade tinha como principal objetivo familiarizar os alunos com a história recente e a realidade da política do Brasil e latino americana e o de apresentar as estruturas e entidades sindicais no país e na região aos novos e atuais alunos de mestrado da Universidade Global do Trabalho (Global Labour University – GLU) do campus Campinas/Brasil.

Os alunos sindicalistas do curso de economia do trabalho e globalização, de 6 países como Quênia, Gana, Zâmbia, Tanzânia, India e Turquia, estiveram nas sedes da CUT e da FES por dois dias para trocar experiências sindicais na prática e debater o atual momento político brasileiro.

A atividade acontece num momento desafiador para o movimento sindical quando o governo ilegítimo Michel Temer, que vinculou a sua presidência para a aplicação de reformas contrárias de interesse dos trabalhadores, das trabalhadoras e da nação, coloca em risco todo o desenvolvimento do país menos desigual que foi construído nos últimos anos.

A FES e a CUT todo ano organizam  um seminário introdutório para que esses alunos ampliem sua vivência para além do campus universitário e complementem com a visão dos dirigentes CUT  de como é e quais são os desafios  do movimento sindical. “É um mestrado inédito onde sindicatos e universidades se unem para fortalecer os sindicatos. Além do mestrado, a GLU organiza cursos de curta duração, cursos à distância e conferências para discutir os desafios colocados à classe trabalhadora. Na nossa visão, a GLU é um excelente instrumento no fortalecimento da luta na defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores e trabalhadoras ”, conta o Secretário Nacional de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa.

Para a FES, que tem como um dos objetivos constribui para o fortalecimento do movimento sindical, estimular e apoiar o diálogo acadêmico com a realidade sindical é fundamental. “Esse programa é uma iniciativa da OIT (Organização Internacional do Trabalho), das Centrais Sindicais e universidades e conta com o apoio da FES porque é inédito. É um momento de troca dos estudantes sindicalistas com dirigentes sindicais para que a teoria  ajude a qualificar a ação prática e para que a prática sindical alimente também a reflexão teórica”, destaca a diretora de projetos da FES, Waldeli Melieiro.

O diretor Executivo da CUT, Julio Turra participou do seminário com o objetivo de contar a estratégia de ação da CUT para enfrentar e resistir aos ataques neoliberais do governo brasileiro. “Neste exato momento nós estamos preparando um dia de greve geral, no dia 28 de abril. Como a CUT vem alertando, desde o ano passado quando ainda se destituiu de forma fraudulenta a presidenta Dilma eleita democraticamente, o conteúdo do golpe é um ataque aos direitos dos trabalhadores, à soberania nacional, com a entrega do patrimônio público através de privatizações e a própria democracia, que foi a primeira a ser atingida”, contou.

A aluna turca, que estagiou na DISK (Confederação de Sindicatos dos Trabalhadores Revolucionários), central sindical turca, Sevcan Sahin diz que essa troca é muito importante para atuação dos sindicatos na Turquia. “A gente tem o conhecimento acadêmico, mas quando a gente ouve a prática a gente compreende muito melhor”. Sevcan também contou que quando chegar na Turquia a tarefa dela será socializar toda a experiência dela no país. “O movimento sindical brasileiro é muito mais organizado e a ideia é que nossos países ouçam as experiências daqui e que os sindicatos de qualquer país possam ficar mais fortes e combativos”, complementa.

 

Serviço:

Para mais informações, acesse: http://www.global-labour-university.org/

fes