Escrito por: CUT-RS
Deputada estadual Laura Sito (PT) lembrou dos 40 anos da maior central sindical do país em plenária nessa quinta (25)
Em mais uma da série de homenagens que a CUT tem recebido por conta dos 40 anos, a deputada estadual Laura Sito (PT), celebrou as quatro décadas de lutas e conquistas da maior central sindical do país durante o Grande Expediente da sessão plenária híbrida nesta quinta-feira (24) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Ao referir-se à quinta maior central sindical da América Latina ela apontou o papel central da entidade na defesa da democracia e destacou que no pior momento da conjuntura, em referência à pandemia de Covid-19 e ao governo do ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro (PL), foi uma mais uma frente de resistência e incansável no enfrentamento ao bolsonarismo e a todos os retrocessos neoliberais e conservadores do último período”.
Trajetória da CUT se confunde com história da jovem democracia
Laura Sito destacou as lutas da entidade e observou que a trajetória da CUT se confunde com a história da jovem democracia brasileira. “Nossa luta se conecta com a defesa dos direitos humanos, o combate à fome, a defesa do trabalho decente, da saúde e educação pública de qualidade, do piso regional, da valorização do serviço público e da democracia enquanto valor”, afirmou.
Ao longo das últimas quatro décadas, segundo a deputada, a CUT se estabeleceu como uma voz incansável na defesa dos direitos trabalhistas, da justiça social e da igualdade.
“Desde sua fundação, em 1983, a CUT tem lutado por um país soberano e uma sociedade livre e solidária”, recordou. A parlamentar ainda disse que, em tempos de ataques deliberados aos direitos trabalhistas, conquistados a partir de muita luta, deve-se lembrar que a CUT, desde o início da sua história, “esteve presente nas lutas pela redução da jornada de trabalho, pela valorização do salário mínimo, pela garantia do 13º salário e as férias remuneradas”.
No âmbito do Rio Grande do Sul, a deputada saudou a luta da organização pelo salário mínimo regional e o seu empenho em auxiliar a frear o desmonte do estado e as privatizações.
“A anulação do leilão e a CPI da CORSAN precisam ser pautados pelos sindicatos, pois é pela defesa do patrimônio das trabalhadoras e trabalhadoras gaúchos”, frisou.
Desafios do mundo do trabalho no século 21
Conforme a parlamentar, ampliar as conquistas exige reconhecer que o mundo do trabalho no século 21 é um mundo cada vez mais hostil a toda e qualquer forma de organização dos trabalhadores.
“O cenário político e econômico exige que estejamos vigilantes e unidos para proteger o legado da CUT e ampliar nossas conquistas”, ressaltou a deputada. Ainda observou que a precarização do trabalho e o trabalho análogo à escravidão encontram terreno fértil onde a luta dos trabalhadores é enfraquecida.
“Hoje, olhando para os desafios futuros, afirmo a importância de pautar a luta dos trabalhadores e trabalhadoras também pela luta contra o racismo, o machismo e a lgbtfobia”, salientou a parlamentar.
A sessão foi aberta pelo presidente da Assembleia, deputado Vilmar Zanchim (MDB) e conduzida pelo deputado Airton Lima (Podemos). Também integraram a mesa dos trabalhos estiveram o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, o vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4), desembargador Ricardo Martins Costa, o superintendente regional do Ministério do Trabalho e Emprego e ex-presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, e a presidente do CPERS Sindicato e secretária eleita de Formação da CUT-RS, Helenir Aguiar Schürer.
Compareceram ainda vários dirigentes da CUT-RS, federações e sindicatos, além de representantes de movimentos sociais, que ficaram dentro do plenário Bento Gonçalves, que está sendo utilizado em função da reforma no plenário 20 de Setembro, enquanto outros acompanharam a sessão dentro do prédio da Assembleia.
Agradecimento
Após a sessão, o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, agradeceu a homenagem da deputada aos 40 anos da CUT. "Temos consciência de que reconstruir um país é um país desenvolvido socialmente por inclusão, com o combate a qualquer tipo de discriminação", disse.