Escrito por: CUT-SP - Vanessa Ramos
Milhares de demissões estão previstas com o fechamento da usina
A siderúrgica Usiminas deverá fechar as portas em Cubatão no dia 31 de janeiro. O fechamento proposto pela empresa, que é líder entre os países latinos na produção de aços, provocará ao menos quatro mil demissões, das quais duas mil se referem a trabalhadores diretos. O número de trabalhadores indiretos continua sendo mensurado. As centrais garantem que 40 mil empregos serão afetados na região.
A empresa anunciou à mídia tradicional o fechamento da usina no dia 29 de outubro do ano passado, sem antes chamar o sindicato e os trabalhadores para informar ou negociar, explica a coordenadora da CUT Baixada Santista, Anuska Schneider.
Em entrevista ao portal da CUT São Paulo, durante os protestos e paralisações em 2015, Anuska já explicava que as consequências seriam drásticas. “Os trabalhadores são de nove cidades da Baixada Santista e se deslocam para Cubatão todos os dias para trabalhar. A cadeia irá se esfacelar como num efeito dominó, prejudicando o comércio, o transporte e todos os setores que sobrevivem dessa empresa”, explica a dirigente.
O presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, reforçou à época a luta da Central junto aos trabalhadores e a atuação sindical na região. “Entendemos que a saída não é a demissão de trabalhadores, que irá agravar a economia local. Defendemos a construção de uma mesa de negociação para reverter o que vem acontecendo”, diz.
Nesta quarta-feira (6), Douglas destacou a ampla luta que tem sido feita pela Central no último período, contra as demissões e o fechamento da usina de Cubatão.
Também fez referência às mobilizações em todo o País, em defesa da democracia, contra o golpe e pela mudança da atual política econômica, bandeiras que continuam nas ruas em 2016. "Queremos uma política de distribuição de renda, de investimento, e não uma política de juros altos, de recessão, com cortes que afetam principalmente a classe trabalhadora, como temos visto", afirma.