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CUT repudia a prisão das lideranças do Movimento de Moradia de São Paulo

Para a Central , medida é uma tentativa de criminalização dos movimentos sociais de moradia por meio da perseguição judicial de seus líderes e exige a imediata libertação de seus membros

Publicado: 04 Julho, 2019 - 14h28 | Última modificação: 04 Julho, 2019 - 14h34

Escrito por: Redação CUT

Reprodução
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Uma operação do DEIC da Polícia Civil, por decisão do juiz Marco Antônio Martins Vargas, cumpriu na manhã de segunda-feira, 24 de junho nove mandados de prisão temporária contra lideranças do movimento sem-teto do centro de São Paulo, além de 17 ordens de busca e apreensão. Foram presas quatro pessoas: Angélica dos Santos Lima, Sidney Ferreira Silva, Janice Ferreira Silva e Ednalva Silva Ferreira.

Na sexta feira, 29 de junho às prisões temporárias, foram transformadas em provisória

De acordo com nota do Movimento Sem Teto do Centro (MSTC), "o pedido de prisão temporária integra investigação sobre o prédio que desabou no Largo do Paissandu, em maio de 2018, e se baseia na declaração de supostas testemunhas sobre cobrança indevida de aluguel".

De acordo com o delegado responsável, André Vinicius Figueiredo, as prisões têm como objetivo evitar interferência ao longo das investigações.

Mas, os advogados que acompanham o caso avaliam que a postura da justiça é arbitrária. Segundo nota da entidade “os advogados não encontraram nenhum motivo ou prova para essa operação, tendo em vista que se fundamenta em declarações frágeis para as referidas prisões e conduções coercitivas.".

Mais uma vez são atacadas organizações populares que lutam pelos direitos da classe trabalhadora. Medidas repressivas dessa natureza fazem parte do Estado policial, de exceção, que vem sendo construído desde o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff e levou à prisão o ex-presidente Lula.

Diante disso, a Executiva Nacional da CUT reunida no dia 02 de julho, repudia veementemente mais esta tentativa de criminalização dos movimentos sociais de moradia por meio da perseguição judicial de seus líderes e exige a imediata libertação de seus membros.

Moradia é direito. Lutar não é crime!

 

Executiva Nacional da CUT