CUT repudia agressão de seguranças da Secretaria de Educação à Professora Bebel
Em nota, Executiva Nacional da CUT diz que considera inadmissíveis e repulsivos os atos de violência contra a companheira Bebel
Publicado: 18 Novembro, 2021 - 17h20 | Última modificação: 18 Novembro, 2021 - 17h24
Escrito por: CUT Nacional
A Central Única dos Trabalhadores repudia veementemente a covarde agressão sofrida pela presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial Estado de São Paulo (Apeoesp), Professora Bebel, na entrada do prédio da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
A Professora Bebel, que também é deputada estadual, estava coordenando uma manifestação em frente a secretaria contra Resolução nº 119/2021, que prevê a redução do currículo, da carga horária e ameaça o fechamento do Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJAs), que funcionam no horário noturno, com a justificativa de uma suposta ausência de demanda.
Essa decisão unilateral da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, prejudica milhares de alunos e alunas que não têm como frequentar as aulas em outro horário e também centenas de professores e professoras que ministram as aulas nessas escolas.
A Apeoesp fez diversas tentativas para abrir um canal de diálogo e negociação que pudesse atender às demandas dos professores, professoras, alunos e alunos.
A manifestação realizada nesta quinta-feira (18) em frente a secretaria também tinha como propósito que o secretário de educação, Rossieli Soares, recebesse a direção da Apeoesp e representantes dos professores e porofessoras para buscar solução para o impasse.
O secretário, no entanto, em nenhum momento se dispôs a receber a Apeoesp ou qualquer representação. Diante disso a Professora Bebel, com a prerrogativa de deputada estadual, eleita pelo povo de São Paulo, tentou entrar na secretaria para tentar dialogar com o secretário. Mas o secretário, num gesto arbitrário e antidemocrático, ordenou aos seguranças da secretaria para barrar a entrada da Professora Bebel, utilizando inclusive a força física.
Essa tem sido a prática recorrente do governo João Doria, em São Paulo, quando o assunto são os trabalhadores e as trabalhadoras, suas reivindicações e as representações sindicais. Sem diálogo, sem negociação e a resposta é sempre a truculência e a violência.
Salientamos que, o respeito à representação sindical das categorias, o direito ao diálogo, negociação e pressão, são direitos inalienáveis dos trabalhadores em uma democracia e estão protegidos pela Constituição Federal, assim como o direito dos representantes do povo, eleitos nos estados.
Por isso, consideramos inadmissíveis e repulsivos os atos de violência contra a companheira Bebel, presidenta da Apeoesp, uma entidade filiada a CUT. Vamos denunciar e procurar todos os meios possíveis para que tais fatos não ocorram mais.
Executiva Nacional da CUT