Escrito por: CUT - RS
Para o vice-presidente da Assembleia, deputado Zé Nunes (PT), “o governador sofreu uma grande derrota
O plenário da Assembleia Legislativa do RS aprovou na tarde desta quarta-feira (23) o pedido enviado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) de retirada de tramitação dos três projetos de lei que integravam a proposta de tarifaço, a falsa reforma tributária do governo do Estado.
“Foi uma grande vitória da classe trabalhadora, fruto da nossa campanha e da pressão exercida pela oposição ao governo Leite”, afirma o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci. “Conseguimos mostrar que o tarifaço era ruim para quem produz, vende e consome, além de não corrigir as injustiças históricas na cobrança de impostos”.
Amarildo destaca que a CUT-RS promoveu manifestações, distribuição de milhares de panfletos, mensagens nas redes sociais e vários debates com os trabalhadores e a sociedade, na Capital e no Interior, denunciando que a proposta visava somente aumentar a carga tributária, penalizando especialmente a agricultura familiar, bem como onerava as micro e pequenas empresas e os motoristas de carros antigos.
“Leite sentiu a força da nossa resistência e retirou os projetos porque sabia que não tinha votos para aprovar o tarifaço. Está na hora de mudar o jeito de governar e dialogar com os trabalhadores, ao invés de encaminhar pacotes de maldades para a aprovação dos deputados”, disse o dirigente da CUT-RS.
Vitória do povo e do parlamento
Para o vice-presidente da Assembleia, deputado Zé Nunes (PT), “o governador sofreu uma grande derrota. Foi uma vitória do povo gaúcho e esse parlamento com o amplo debate foi definitivo e importantíssimo para isso”.
“Quero destacar também a importância da sociedade gaúcha que não tolera mais governo sem palavra e governo que não discute, que diz que faz diálogo, mas faz diálogo de uma perna só”, disse o parlamentar.
Segundo Zé Nunes, “diálogo significa ouvir a opinião também dos diferentes, significa estabelecer conversas para construir algo, mas ele chama de diálogo o que na verdade é um monólogo, que são as suas lives, as suas reuniões em que ele fala apenas para comunicar as suas decisões”, disparou.
Para o deputado, “a vitória foi do povo e do parlamento”.