CUT-RS distribui cestas básicas para famílias vulneráveis em Porto Alegre
Mais de 130 cestas básicas de alimentos saudáveis foram entregues para famílias que vivem na periferia da capital gaúcha
Publicado: 09 Abril, 2020 - 16h03
Escrito por: CUT-RS
A CUT-RS fez nova distribuição de mais de 130 cestas básicas de alimentos saudáveis para famílias vulneráveis na periferia de Porto Alegre, na manhã desta quarta-feira (8).
A entrega, que dá continuidade à campanha de solidariedade nestes tempos de combate ao coronavírus (Covid-19), foi feita para recicladores e papeleiros dos bairros Humaitá, Farrapos, Cruzeiro, Partenon, Vila Safira, Ocupação 21 de abril, no bairro Sarandi, na comunidade Areia Tio Zeca, no bairro Navegantes.
A ação foi realizada em parceria com o Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do SUl (Sinpro-RS), o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e o Sindicato Intermunicipal dos Professores de Instituições Federais
de Ensino Superior do Rio Grande do Sul (Adufrgs Sindical). Os alimentos foram produzidos pela Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt).
Trabalhador ajudando trabalhador
“É trabalhador ajudando trabalhador. Nós queremos um mundo melhor, menos desigual e seguimos na luta contra o coronavírus, em defesa da vida e da proteção dos cidadãos mais vulneráveis. A epidemia de Covid-19 está começando a atingir as camadas sociais mais pobres e nós temos de estar preparados para auxiliar quem precisa de alimentos”, afirmou o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, ao distribuir cestas básicas no bairro Humaitá.
“Já que está faltando iniciativa por parte do poder público municipal, estadual e federal, decidimos dar o mínimo de dignidade para que essas pessoas possam se alimentar” enfatizou a diretora do Sinpro-RS, Patricia Carvalho, ao entregar cestas básicas aos recicladores da Associação Socioambiental Irmão Antônio Cecchin.
“No momento em que a gente se enxerga só como indivíduo estamos nos entregando à lógica neoliberal. Os sindicatos têm o papel de fazer com as pessoas se percebam como classe e, para isso, temos que ter ações efetivas”, completou.
Garantir a sobrevivência
“O que nós estamos fazendo deveria ser de competência do prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB) e do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). São famílias que estão sem ter o que comer em razão da paralisação das unidades de reciclagem”, disse o ativista social Leonel Carvalho, que acompanha os galpões de reciclagem e integra o Centro de Integração Paulo Paim (CIPP).
Para Mauro dos Santos da Silva, presidente da Unidade de Triagem de Resíduos Arevipa, centro de reciclagem da Vila dos Papeleiros, toda ajuda é sempre bem-vinda. “A ação vem em boa hora, já que a maioria do pessoal aqui está sem trabalhar e tem família para sustentar. Temos mais de 120 catadores que estão parados e precisam comer. Quem puder, entre em contato e ajude. Estamos precisando muito”, pediu.
“Estamos passando por um momento nunca antes visto na história do país. Agora, mais do que nunca, o papel do Estado é fundamental para garantir a sobrevivência das populações carentes. Só teremos força para lutar por um Brasil melhor se estivermos com uma boa imunidade e bem-alimentados”, concluiu Amarildo.
Máscaras de proteção para vulneráveis
Além da doação de cestas básicas, a CUT-RS está acompanhando o trabalho da Cooperativa de Costureiras Unidas Venceremos (Univens), do bairro Sarandi, que confecciona máscaras de proteção com algodão orgânico para famílias vulneráveis que exercem serviços essenciais, como o recolhimento do lixo seletivo nas ruas da cidade.
A presidente da Univens, da Cooperativa Central Justa Trama e da Unisol RS, Nelsa Fabian Nespolo, explica que os panos e os tecidos são entregues nas casas das costureiras e depois as máscaras são recolhidas e doadas para as pessoas que mais precisam.
Para o secretário de Organização e Política Sindical da CUT-RS, Claudir Nespolo, “é uma importante contribuição da Univens e reforça essa rede de solidariedade, pois é preciso blindar e proteger a população mais pobre da cidade. É luta que segue”.