Escrito por: CUT-RS
Estiveram presentes dirigentes da CUT, CTB, CSB, CGTB, Força Sindical, Intersindical, CSP-Conlutas e Nova Central
A CUT-RS e centrais sindicais estarão nas ruas no Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Educação e contra a Reforma da Previdência, marcado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) para o próximo dia 30, rumo à greve geral de 14 de junho para derrotar a proposta cruel do governo Bolsonaro que destrói a aposentadoria do povo brasileiro. “Unificou, unificou, o estudante com o trabalhador.”
A decisão de participar da segunda mobilização dos estudantes, após a greve nacional da educação ocorrida em 15 de maio que paralisou escolas e universidades em todo o Brasil, foi tomada em reunião das centrais realizada na manhã desta terça-feira (21), na sede da Fecosul, em Porto Alegre.
Estiveram presentes dirigentes da CUT, CTB, CSB, CGTB, Força Sindical, Intersindical, CSP-Conlutas e Nova Central.
“Vamos sair às ruas outra vez com o movimento estudantil e com os educadores e demais trabalhadores para protestar contra os cortes descabidos na educação, anunciados pelo governo, e contra a reforma da Previdência, que prejudicam a vida de estudantes e trabalhadores e o futuro da nação”, afirmou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
Para ele, “a mobilização do dia 30 erguerá novamente a voz da juventude e será um esquenta para a greve geral contra o fim da aposentadoria”
Trabalhadores do transporte na greve geral
As centrais decidiram também agendar para a próxima segunda-feira (27), às 14h, na sede do Sindimetrô-RS (Rua Monsenhor Felipe Diehl, 48 – bairro Humaitá) uma reunião dos sindicatos que representam trabalhadores do transporte coletivo, como metroviários, rodoviários e aeroviários, dentre outros.
“São trabalhadores que estão sendo duplamente atingidos pela reforma. Muitos trabalham em condições insalubres e hoje têm direito à aposentadoria especial com 25 anos de trabalho. Com a reforma, eles só poderão se aposentar com idade mínima de 60 anos, o que é inadmissível”, destacou Nespolo.
Os metroviários já aprovaram a adesão à greve geral em assembleia realizada no último dia 16.
Plenária de mobilização
Foi aprovada ainda a realização de uma plenária de mobilização no próximo dia 29, às 9h, no auditório do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (Rua General Câmara, 424), com a participação de dirigentes nacionais das centrais, para reforçar a unidade e a organização rumo à greve geral. Também serão convidados representantes do movimento estudantil.
Após a plenária, às 11h, será realizada uma coletiva de imprensa para anunciar como será a greve geral no Rio Grande do Sul.
Abaixo-assinado contra reforma da Previdência
As centrais reforçaram a continuidade do recolhimento de adesões ao abaixo-assinado contra a reforma da Previdência, especialmente no Largo Glênio Peres, na Esquina Democrática e na Praça da Alfândega, no centro da capital gaúcha.
Foi definida a realização de uma semana estadual de coleta de assinaturas, entre os dias 9 e 13 de junho, antecedendo a greve geral.
“É uma forma concreta de cada trabalhador e trabalhadora se expressar contra essa proposta perversa do Bolsonaro que, se for aprovada no Congresso, destruirá a previdência pública para favorecer o mercado financeiro”, frisou o secretário de Relações de Trabalho da CUT-RS, Antônio Güntzel.
Reajuste do salário mínimo regional
Ao final da reunião, dirigentes das centrais foram até a Assembleia Legislativa para pressionar os líderes das bancadas, a fim que fosse incluído na pauta da sessão plenária desta tarde o projeto de reajuste do salário mínimo regional para 2019.
As centrais defendem a aprovação da emenda da bancada do PT, que prevê reajuste igual ao mínimo nacional, que foi de 4,61%. Já o projeto do governador Eduardo Leite (PSDB) estabelece um reajuste de 3,4%, repondo apenas a inflação do último período.