CUT-RS e centrais farão ato na quinta contra desemprego (14)
Atividade também terá como pauta a luta contra redução de direitos
Publicado: 12 Setembro, 2017 - 16h24 | Última modificação: 12 Setembro, 2017 - 16h29
Escrito por: CUT-RS
A CUT-RS e centrais sindicais definiram realizar um ato unitário na próxima quinta-feira (14), às 17h, na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre. A mobilização foi decidida em reunião nesta segunda-feira (11), na sede da CTB-RS.
O ato ocorrerá junto com o Dia Nacional de Luta, Protestos e Greves contra a redução de direitos, do movimento Brasil Metalúrgico. Haverá também manifestações de servidores estaduais, como os professores que estão em greve, dos municipários de Porto Alegre e de movimentos sociais.
Os dirigentes das centrais avaliam que é o momento da classe trabalhadora e da sociedade se unirem para barrar os ataques dos governos Temer, Sartori e Marchezan, cujos projetos e reformas trazem retrocessos inaceitáveis para a população, especialmente os mais pobres.
Segundo o secretário de Relações do Trabalho da CUT-RS, Antônio Güntzel, “além de lutar contra a aplicação da reforma trabalhista, que entra em vigor no dia 11 de novembro, e reforçar a pressão para impedir a votação da reforma da Previdência, vamos defender o emprego, a retomada do desenvolvimento econômico, a valorização dos servidores e dos serviços públicos, e a democracia, dentre outros pontos”.
“Sem aquecer a economia com investimentos na produção, o Brasil não vai tirar 14 milhões de trabalhadores da fila do desemprego. A política de corte de direitos e de privatizações não melhorou até hoje a vida de nenhum país do mundo, que copiou essa receita manjada e ineficaz do capital financeiro”, afirma Güntzel.
Ele salienta também que as medidas propostas pelo governo Sartori, do mesmo partido de Temer, não trouxeram crescimento econômico ao povo gaúcho. “Ao contrário, esse modelo nefasto parcela há 21 meses os salários dos funcionários públicos e aplica o pior arrocho salarial da história, desvalorizando os servidores e os serviços públicos”, enfatiza o dirigente da CUT-RS,
Güntzel ainda critica a política do prefeito tucano da Capital. “Mal começou o mandato e já atrasa salários e quer impor uma agenda de privatizações, como nunca se viu antes. É preciso resistir e enfrentar esses governos neoliberais, que só trazem desgraça para a classe trabalhadora”, ressaltou Güntzel.
Coleta de assinaturas
Durante a manifestação, a CUT-RS coletará assinaturas no projeto de lei de iniciativa popular, lançado no último dia 7, durante o Grito dos Excluídos, que visa revogar as leis da reforma trabalhista e da terceirização. Para tanto, é necessário que cada pessoa que for assinar tenha em mãos o título de eleitor, conforme estabelece a Constituição Federal.
“Queremos recolher mais de 1,3 milhão de assinaturas em todo o país até o final de outubro, para que no início de novembro possamos fazer uma caravana até Brasília e protocolar esse projeto na Câmara dos Deputados”, aponta Güntzel.
A reunião das centrais contou com a participação de dirigentes da CUT, CTB, Nova Central, UGT, Força Sindical, CSP-Conlutas, CSB, Intersindical e CGTB. Também compareceram movimentos sociais e comunitários, coletivos de mulheres, por igualdade de gênero (LGBT) e de igualdade racial, além de entidades estudantis e da juventude, dentre outras representações.